Safári Amazônico | Um dia de aventuras em Manaus | Amazon Explorers

Amazonas, Pará, Tocantins, Amapá, Roraima, Acre, Rondônia
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falandodeviagem Mensagens: 19830 Administrador
Dom Jul 31, 2016 12:09 pm
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Selva, rios, animais, artesanato, contato com comunidades ribeirinhas e tribos indígenas, rusticidade e toda a exuberância da floresta amazônica lhe enchem os olhos, mas você prefere voltar ao final do dia para o conforto do hotel na cidade? Ou, ainda, sua passagem por Manaus é breve, mas você não abre mão de ter um contato maior com esses elementos? O ideal para você é, sem dúvida, o Safári Amazônico, que mescla um pouquinho de cada uma dessas atrações aos arredores da cidade.

O passeio custa R$ 180,00 (sem transfer) ou R$ 200,00 (com transfer partindo do hotel) e pode ser feito em qualquer dia, exceto segundas e quartas, durando das 9:00 às 16:00.

Começamos o dia cedo, às 8:00, fazendo o check-in no escritório da Amazon Explorers do Hotel Líder, no centro de Manaus. De van, fizemos o breve trajeto entre o hotel e o Porto de Manaus.

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Vendedores de bananas fritas, um snack típico, que lembra as plantain chips industrializadas americanos.

Tudo é muito incomum. A bordo de um "a jato", como são chamadas as embarcações rápidas, em razão do seu potente motor, rumamos em direção ao nado com botos.

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Durante o trajeto, o guia bilíngue falava sobre características e curiosidades sobre o Rio Negro, sobre a cidade de Manaus e estado do Amazonas, e sobre os botos, mas estávamos mesmo encantados com a paisagem e ansiosos para ver se eles apareceriam conforme o esperado.

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É bom lembrar que o local visitado é um ponto autorizado pelo IBAMA, e, por isso, os botos, que vivem livres na natureza, poderiam nos "frustrar" ao não aparecerem.

No ponto flutuante onde desembarcamos nosso grupo foi dividido em subgrupos de 10 pessoas que iriam mergulhar com os botos e de outras 10 que só desejavam fotografar o momento. Afinal, nem todos tiveram coragem para interagir com esses animais, que apesar de dóceis e brincalhões, não são domesticados.

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Nossa dica é que esperem para ir no último subgrupo. Embora se queira logo ver os bichinhos, o tempo de interação, que é controlado de acordo com a alimentação dos botos (cerca de 5 peixes a cada subgrupo), corre um pouco mais lento no final e, geralmente, o último subgrupo acaba seguindo com menos de 10 pessoas (no nosso caso, fomos apenas nós), então o nado acaba sendo mais exclusivo.

Fomos muito felizes e os botos não só apareceram como também brincaram bastante!

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É recomendável levar uma toalha e muda de roupa para troca após o nado. Depois retornamos à embarcação e seguimos em direção à tribo dos Tatuyos.

A visita a essa comunidade é uma experiência inenarrável. A primeira impressão de susto quando avistamos índios quase imperceptíveis no meio da vegetação foi totalmente dissolvida após sermos recebidos com sorrisos pelo chefe Pinó e sua esposa.

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Chama à atenção a doçura na fala do chefe, que durante algum tempo nos instrui sobre os hábitos e costumes da tribo (o mais interessante é que não se pode casar com outro membro da mesma tribo), sobre a criação dos filhos (os meninos são preparados para assumir responsabilidades desde pequenos) e nos exibem suas danças e instrumentos típicos.

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A receptividade da tribo é ainda mais evidente quando se encerram as apresentações: nossas crianças são convidadas a treinarem arco e flecha, as mulheres a terem seus rostos pintados como o das indígenas e todos podem conversar livremente, fotografar, e, inclusive, provar formigas e cupins, que fazem parte da dieta da tribo. É uma interação muito rica, que nos leva a refletir sobre nosso modo de vida.

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Essa visita não é cobrada à parte e está inclusa no passeio, mas como a comunidade sobrevive da venda de artesanatos e das visitas de turistas, uma contribuição extra é bem-vinda e impacta diretamente na manutenção das tradições e costumes desse povo.

Já passava das 13:00 quando seguimos o passeio para a comunidade do Janauari. Lá foi servido nosso almoço, em sistema de buffet livre, também incluído no valor do passeio. O restaurante é flutuante: toras de madeira que boiam fazem a sustentação dessas construções tipicamente amazônicas.

A mesa é farta, com muitas opções de frutas, saladas, peixes e também carnes. Embora a apresentação seja simples, a comida tem sabor caseiro, e vale dentro da proposta. Bebidas e extras são pagos a parte, em dinheiro, pois o estabelecimento não aceita cartões (sucos custam R$ 8,00 e refrigerantes R$ 5,00).

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Após o almoço, o grupo seguiu para visita ao lago que dá nome à comunidade. O caminho é feito por uma ponte simples, em que vários macaquinhos podem ser vistos (pegue frutas no buffet e leve para alimentá-los, assim você terá belas fotos).

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Ao chegar ao local, a beleza das lindas vitórias-régias nos encanta. A simplicidade da construção com telhado de palha parece ser na medida para o lugar. Ali é possível observar com calma a vida na floresta. Com sorte, você poderá ver jacarés, sapos e aves durante os aproximados 30 minutos de permanência.

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Na volta, aproveite para comprar souvenires na lojinha do lugar. O preço é um pouco salgado, mas aceitam negociar (o pagamento também é feito em espécie).

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Em seguida, o passeio ruma ao Encontro das Águas, ponto de desembocadura do Rio Negro, que nasce na Colômbia, e do Rio Solimões, que nasce no Peru. Eles correm lado a lado por cerca de 6 quilômetros antes de se misturarem. O fenômeno ocorre porque a água negra do primeiro (que mais parece chá preto concentrado) e a barrenta do segundo tem densidades, temperaturas e velocidades diferentes (se conseguir pôr a mão nas águas, verá que o Rio Solimões é mais frio que o Rio Negro. Sua maior velocidade também é perceptível em seus “banzeiros”, quando passamos de um lado para o outro).

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Embora tudo seja simples, sem luxos, o esplendor da natureza valeu o passeio. A experiência foi marcante e nosso dia de aventuras inesquecíveis pela Amazônia nos deixou radiantes em conhecer esse pedaço tão rico do nosso Brasil!

Recomendamos muito!

Texto e fotos: Danielle Meneses.

E você, conhece a Floresta Amazônica? Já fez algum dos passeios? Gostou? Recomenda? Conte para nós a sua experiência!
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GabrielDias Mensagens: 41746
Dom Jul 31, 2016 12:11 pm
Parece incrível. Ótimas fotos! Sem dúvida farei esse passeio quando for para lá.

DaniMeneses Mensagens: 69
Seg Ago 01, 2016 9:04 am
Adriana e Gabriel, é mega diferente!
O interessante é ver tantos turistas estrangeiros, especialmente europeus e orientais, mas poucos brasileiros.
Claro que a infraestrutura poderia ser bem melhor, mas vale a pena pela própria natureza e por tudo que a Amazônia representa.

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Alegarritano Mensagens: 573
Seg Ago 01, 2016 9:13 am
É triste notar o quão pouco conhecemos o nosso próprio país, mas a verdade é que as vezes acaba sendo mais barato viajar para fora do que dentro do Brasil.

O passeio parece incrível e sem dúvidas é um lugar que eu gostaria de ir. Adorei as vitórias-régias, é uma planta fascinante.

Adriana Mensagens: 2231
Seg Ago 01, 2016 10:06 am
Danielle eu já estive na Amazônia, não fiz exatamente este safári, mas fiquei alguns dias hospedada em um hotel na selva, então fizemos várias destas atividades. É realmente muito legal e diferente.

Realmente concordo com você e o Alegarritano que é muito triste quando vemos que somente os estrangeiros podem usufruir disto.
Nós éramos os únicos brasileiros no nosso grupo (que foi formado para os passeios), no hotel tinha mais alguns, mas poucos.

O mesmo ocorreu conosco no pantanal de em um grupo de 12 pessoas na pousada em que estávamos, eram somente 3 brasileiros.

DaniMeneses Mensagens: 69
Seg Ago 01, 2016 10:18 am
É um passeio caro, sem dúvida, mas muitas vezes é mais glamouroso falar que conheceu o exterior...

DaniMeneses Mensagens: 69
Seg Ago 01, 2016 10:35 am
Mas também não condeno, não... Tem momento pra tudo...

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JulianaMagalhaes Mensagens: 6026
Seg Ago 01, 2016 11:18 am
Nunca estive na Amazônia mas sou louca pra conhecer!
Imagino como os turistas, principalmente estrangeiros, devem ficar loucos!

Para mim, o maior luxo é toda essa natureza exuberante, inóspita, em suas mais variadas formas!

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Peters Mensagens: 361
Seg Ago 01, 2016 11:42 am
Incrível esta natureza, pena ter poucos brasileiros.





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