Mega fusão resultaria na formação de nova gigante nacional da aviação, com rotas para Europa, África e EUA
A companhia aérea TAP vai receber até sexta-feira, 15, propostas para a aquisição empresa, em um novo capítulo de um programa amplo de desestatização da economia promovido pelo governo português.
Entre os principais interessados esperados para a apresentação dos envelopes estão os empresário David Neeleman, controlador da Azul, e os irmãos Gérman e José Efromovich, da Avianca.
Segundo reportagem do Estado de S. Paulo, Neeleman confirmou que está avaliando o negócio com cautela e não garantiu que entrará de cabeça na negociação. "Estamos avaliando. É interessante porque eles têm uma operação forte no Brasil e teria uma boa conectividade com a Azul. Mas, por outro lado, é um negócio complicado", disse.
Outro fator que pode dificultar o negócio é a situação fiscal da companhia, altamente endividada, o que vem sendo agravado pela dificuldade da empresa em se adequar ao novo cenário mundial da aviação comercial, que vem operando com margens menores.
Para viabilizar o negócio, Neeleman estuda formar sociedade com grupos de private equity, em uma operação semelhante a que fez para a a fundação da Azul Linhas Aéreas, com participação dos fundos Bozano, Weston Presidio, Texas Pacific Group (TPG) e Gávea.
Representantes do governo português vêm há dez anos tentando convencer empresas brasileiras de que a compra da cia da península ibérica é um caminho mais curto para que estas possam ampliar sua malha aérea. Em 2013, o governo brasileiro já havia oferecido parceria com Neeleman, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na criação de um fundo de investimento destinado à compra da companhia aérea portuguesa, o que resultaria na formação de uma gigannte nacional de aviação com rotas para Europa, África e EUA. No entanto, não se sabe se atualmente o BNDES estaria à disposição para fazer essa intermediação financeira.
Além deles, outros grupos de empresários também têm levantado informações sobre o negócio. Controlador da Avianca Internacional, o grupo Synergy fez uma tentativa de compra da TAP em 2012, mas teve a proposta recusada na última hora pelo governo português.
Nessa nova rodada de negociações, o governo português espera vender 61% das ações da TAP a investidores até o final de junho, o que tornaria o grupo escolhido como novo controlador da companhia. O consórcio vencedor ainda teria preferência de compra dos papéis restantes em uma nova futura capitalização da empresa.
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