Você sai de férias com sua família levando a tiracolo o seu filho e pensa apenas nos momentos de alegria e diversão que terá na viagem. Claro, você está saindo de férias e não deveria pensar outra coisa, não é mesmo? Em se tratando de crianças e bebês, tudo por acontecer, nós temos consciência disso. Eles são mais suscetíveis a viroses, a contraírem todo tipo de coisa e, principalmente no caso dos bebês, estão no chão pondo as mãozinhas em lugares nem sempre apropriados e levando à boquinha. É a festa das bactérias e viroses.
Recentemente fomos a Cancún com nosso pequeno e, passados alguns dias de diversão, começou algo estranho. Achamos que era só um dia ruim do bebê, afinal, ele estava indisposto, irritadiço e sem apetite. Passado outro dia e a mesma coisa aconteceu, porém dessa vez acompanhado de uma febre alta, que foi ficando cada vez mais alta. Ligamos o alerta e começamos a supor que poderia ser uma alergia alimentar, pois ele estava se alimentando de forma diferente do que acontece em casa, onde tudo é feito com cuidado e com ingredientes aos quais ele já está acostumado.
Nesse meio tempo mais um evento começou a acontecer: surgiram pequenas bolinhas nas pernas e pés. Algo como picadas de inseto. A febre foi controlada com remédio, porém as bolinhas começaram a aparecer nos braços e mãos. Não demorou muito e já estavam ao redor da boquinha. Procuramos orientação médica de uma pediatra da família que reside em Miami e recebemos o diagnóstico à distância, baseado nas fotos que tiramos do nosso bebê e enviamos para ela. Se tratava de HFMD, também chamada de Doença da Mão Pé e Boca. Como assim?
Algo totalmente novo para nós e que até achamos engraçado quando recebemos o diagnóstico, pois nunca havíamos ouvido falar nisso no Brasil. Foi aí que a pediatra nos informou sobre esse tipo de vírus, dizendo que ele é muito comum nas escolinhas dos Estados Unidos. É um "vírus novo" para nós aqui do Brasil e que ele era contagioso.
Com crianças estrangeiras por todo o resort, passando viroses umas para as outras, é óbvio que isso poderia acontecer com o nosso bebê. Ela também nos alertou que esse vírus é bastante comum em adultos, sendo assim o contagio pode ter acontecido de mil formas na viagem. O mais comum é por tosse e espirro, coisas bem comuns quando se está preso em um avião ou outro ambiente fechado.
Passado o susto, ela nos orientou a não fazer absolutamente nada, a apenas deixar os dias passarem que as bolinhas começariam a diminuir, a secar, até que começassem a sumir. Não deixariam marcas na pele caso elas reagissem assim, sem criarem infecção, ficando vermelhas ou com pus. Foi o que de fato ocorreu, ainda bem. Não foi necessário nenhum medicamento ou sabonete especial. Precisamos esperar apenas os dias passarem. A irritabilidade foi passando, a febre sumiu por completo e as bolinhas começaram a sumir também. E acabou o problema.
Então, pais viajantes, fica aqui o alerta! Se algo semelhante acontecer com seus filhos, procurem orientação médica, porém é sempre bom ter um pediatra que seja atualizado com as coisas que podem ocorrer além dos nossos limites, pois para crianças e bebês viajantes, muita coisa diferente pode ocorrer e muitas delas são desconhecidas por aqui.
Nem toda febre e irritabilidade é dente nascendo. Nem toda febre e desconforto é resfriado. Temos que ficar atentos e atualizados.
E vocês, já passaram por algo semelhante em viagem com seus filhos? Conte para nós a sua experiência!
