Preços do Olive Garden no Brasil

Troca de informação sobre alimentação em São Paulo.
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GabrielDias Mensagens: 41746
Seg Mai 19, 2014 7:53 pm
O foco é justamente informar o preço, portanto não tem motivo para mudarmos. Cada um decide se acha válido ir ou não ao restaurante.

Queremos informar, pois é de interesse geral saber os valores. Não queremos essas discussões.

capsj Mensagens: 2372
Seg Mai 19, 2014 8:03 pm
Se eu estivesse em GRU e o destino final não fosse os EUA, comeria. Concordo com o Ironfire do custo Brasil, e também entendo o que o Fábio Calderon menciona. Apesar que nesse tópico, como a discussão é sobre o preço, acho que podemos deixar rolar solta as idéias pois são oportunas.

Não podemos esquecer também que o custo de estar no aeroporto deve gerar um aluguel caríssimo para eles.

Um fator que vcs não consideraram é que 17 usd para o americano é como se fossem 17 dilmas nossos. Aqui estamos pagando 50 reais, que, para o americano seria como se lá o prato custasse 50 usd. O peso no bolso para eles, é ridículo se comparado ao nosso. Mas aí são outros 500.



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Fabio Mensagens: 8900
Seg Mai 19, 2014 8:12 pm
Capsj , com todo repeito, o raciocinio nao eh esse.

Voce precisa analisar o poder de compra de uma unidade monetaria pela paridade e nao a unidade monetaria em si.

Para o exemplo ficar mais simples, veja o caso do yen japones.

brunopiruka Mensagens: 1042
Seg Mai 19, 2014 8:13 pm
Acho a discussão valida, para quem se propõe a discutir... Só acho infrutífera e pouco proveitosa para um tópico que deveria ser informativo. Se for pra ficar discutindo seria melhor que o tópico estivesse na parte de bate papo do fórum daí sim, ao meu ver, seria o espaço para deixar rolar solta a discussão...

ironfire Mensagens: 2186
Seg Mai 19, 2014 8:15 pm
Capsj, esse foi realmente o ponto que escrevi e que o calderon fez questao de tirar sarro. Fui hoje no olive garden, uma entrada, 2 pratos principais e 2 cocas por 41 dolares com a gorjeta ja, a diferenca eh gritante, nao da para achar correto isso. Se for pensar so em valor localizacao o olive garden da times square deveria ser o mais caro do mundo. Essa semana tb fui na fogo de chao, comendo e bebendo exatamente a mesma coisa que o brasil a conta ficou em 190 reais, coisa que gasto perto de 300 em sao paulo, algo esta muito errado. E nenhuma carne brasileira entra nos eua por causa da febre aftosa.

capsj Mensagens: 2372
Seg Mai 19, 2014 8:17 pm
Entendi, Fabio. Vc tem razão. Mas é revoltante e o custo Brasil e nos, como colegas, não podemos perder o bom humor e respeito característicos do FDV.


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Fabio Mensagens: 8900
Seg Mai 19, 2014 8:32 pm
So para reforcar o que disse , acabei de passar pela Alemanha e estou na Franca.

Os precos em euro na Alemanha sao menores que na Franca apesar do alemao ganhar uma maior quantidade de euros por hora trabalhada.

Eh isso que explica o fato de uma alemao ser bem mais rico que um frances, na media eh calro .

brunopiruka Mensagens: 1042
Seg Mai 19, 2014 9:58 pm
Se as redes importadas tivessem que se adequar a realidade do brasileiro iriam competir com o Bom Prato, a minha análise é objetiva e prática. Se lá fora eu me disponho a pagar X por algo eu acho justo ter o mesmo aqui por X mais 20%... Simples assim... Se for fazer análise política/econômica vai ficar todo mundo aqui dando voltas...

FabioCalderon Mensagens: 3832
Seg Mai 19, 2014 10:34 pm
Bruno,

Não só ficaremos dando voltas, como a análise ficará extremamente restrita e limitada. Não é só pelo viés econômico que se deve analisar a vinda destas marcas de fora ao país.

Já ouviram falar de uma coisa chamada marketing? E público-alvo? Fazendo um exercício prático: se vc tivesse a oportunidade de trazer uma rede como Olive Garden ao Brasil, qual estratégia utilizaria?

A: Instalaria a primeira unidade em um shopping/rua de subúrbio, buscando um ponto mais barato e atraindo um público de menor poder aquisitivo, pois acho que este público deve comer no meu restaurante antes daquele público mais elitizado, e que, portanto, pode e geralmente se dispõe a pagar mais, que conhece a rede de fora por viajar com certa frequência ao exterior.

B: Buscaria um ponto mais caro, em um shopping/rua localizado em uma área formadora de opinião, frequentada principalmente por um público que conhecerá a rede do exterior, já que tem possibilidades de viajar para fora do país com frequência e terá curiosidade em experimentar a filial brasileira (vide a repercussão deste tópico). Gradativamente, os funcionários daquele shopping passarão a ver o movimento daquele restaurante, e o boca a boca se encarregará de espalhar a (teoricamente) boa fama dele, inclusive pelas classes com menor poder aquisitivo. Este foi o caminho seguido pelo Outback no Brasil.

Qual alternativa vcs escolheriam?

Isso já foi dito aqui anteriormente: marcas estrangeiras chegam ao Brasil com um status DIFERENTE daquele que elas gozam em seu país de origem. Senão, nem haveria muito sentido em trazê-las para cá. Ou vcs acham que o fuzuê em torno delas é algo a toa? Ou vcs acham que o Outback abriu suas primeiras unidades em Alphaville e na Barra da Tijuca a toa? A única rede de fora que fugiu deste padrão foi o Johny Rockets, abrindo sua primeira unidade em Guarulhos. E sinceramente, eu questiono muito o sucesso desta tática adotada por eles. Do mesmo jeito, o Olive Garden abriu sua primeira unidade no Aeroporto de GRU não foi a toa.

Segundo ponto: qualquer marca, ao chegar ao Brasil, busca se adequar à realidade local. Nos anos 90, Pizza Hut, Arby's, KFC e Dunkin' Donuts tentaram vir sem imprimir a cultura local, e se espatifaram. Agora elas estão voltando ao Brasil, ou já voltaram, e com sucesso, dentro de um novo modelo (caso da Pizza Hut). Só o Arby's que não apareceu mais por aqui. Adaptar-se à realidade local significa tanto fazer alterações pontuais no cardápio (diminuindo o excesso de pimenta, por exemplo), como contratar uma equipe maior, pois a mão de obra no Brasil é muito menos qualificada que no exterior; arcar com custos trabalhistas, pois a legislação trabalhista no Brasil é muito mais paternalista e esquerdista do que em países como os EUA; achar um bom ponto em um shopping ou em uma rua de movimento, quando os preços de aluguel de imóveis e pontos comerciais só aumentou nos últimos anos; caso a loja seja na rua, investir em segurança, uma preocupação extra que todo comerciante deve ter no Brasil; isso sem contar gastos com pagamento de royalties, registro de marca, assessoria jurídica (pois ao assinar contrato com uma empresa estrangeira, o aspecto jurídico da relação assume um caráter muito mais complexo), treinamento, entre outros fatores.

E ainda tem gente que acha que a culpa é da classe média, que aceita pagar 50 reais por um prato do Olive Garden BRASIL? O buraco é bem, mas bem mais embaixo. E ainda que fôssemos um exemplo de país, ainda que tivéssemos a menor carga tributária do mundo, ainda assim, dada a nossa cultura e o status natural que qualquer marca vinda de fora adquire ao chegar no Brasil, é natural que se cobre a mais comparativamente ao que se paga pelos produtos da mesma marca no seu país de origem.

Não é uma questão apenas econômica, mas também de marketing, de noções empresariais, de lei da oferta e demanda. Até mesmo o turismo influencia nisso (quanto mais gente viajando para fora do país, mais demanda haverá pela vinda de marcas estrangeiras). Há exceções, como a Forever XXI, que chegou com os preços lá embaixo, mas é consenso no setor que eles não conseguirão praticar uma estratégia tão agressiva a longo prazo, pois a realidade brasileira é OUTRA. Também podem haver excessos, pode haver ganância dos empresários, mas neste caso, o público, que não é otário, dará o recado. Basta ver que o Friday's (que eu considerava um péssimo exemplo de implementação de uma marca estrangeira no Brasil, caro, comida sem gosto e atendimento ruim) foi embora, assim como várias outras marcas.





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