Sua vida como viajante pode se dividir antes e depois de ter conhecido o Maiquetia Airport (CCS). Eu viajava como turista, não me informava, comprava o bilhete e vambora meu povo. É, mas de micos em micos, tinha chegado a hora de mudar. E para você não passar o mesmo vou relatar o destino.
Em um outro site (que não me lembro o nome) um internauta escreveu: "A Venezuela é um verdadeiro esgoto a céu aberto". Pode não ser totalmente verdade, mas estão ao menos próximos disso.
Voam para CCS, direto neste momento, a TAM e a GOL a partir de GRU. Copa, Avianca, LAN e Aerolíneas com escalas nos seus países. Air Caraibes para passageiros de Belem e Macapá pode? ser opção.
Bem, estive neste aeroporto por duas ocasioes. Numa conexão de 12 horas e num embarque.
A conexão foi um presente de última hora. Iria a Vancouver, mas obrigatoriamente o voo seria GRU-CCS-YYZ-YVR. Acontece que dias antes do voo a nossa gloriosa VARIG, já em estado capengante, antecipou o voo GRU-CCS de tal forma que originalmente chegaria 19.00 h. em CCS com embarque as 23.45 para YYZ. Eis que no novo horário chego em CCS as 11.45h. Até aí nem imaginei os perrengues que enfrentaria.
Quando a aeronave inicia o aproach para o pouso em Maiquetia, a 40 km. de Caracas, ao nível do mar (lembrando que Caracas fique no topo da serra), você é brindado com imagens de favelas e mais favelas nos morros, denotando a imensa pobreza e desequilibrio social que talvez o pais mais rico da America do Sul tem e comandado por um tirano.
Ainda enquanto a aeronave rola na pista, voce presencia a precariedade da aviação Venezuelana com aeronaves muito velhas, que frequentemente são vítimas de acidentes. DC-8 é avião novo perto do que voce vê! Viajar com aeronave de empresa Venezuelana é risco certo, exceto talvez com a Santa Barbara Airlines (SBA) que voa a Miami e Teneriffe, mas mesmo assim não me arriscaria.
Quando abre a porta da aeronave voce sente o calor escaldante de um país perto do Equador. Caminha no único terminal até a imigração. Rapidamente entra no país, quando se depara com o free shopping, até que não tão ruim, vai ao RX e já sente um clima pesado com militares com metralhadoras e caes farejadores em todo local, tipico de tiranos mandando em suas tropas.
Após rapida passagem pelo equipamento, voce é LITERALMENTE abordado por todo tipo de pessoa inclusive fazendo CAMBIO NEGRO que gera prisão ao turista menos avisado.
Pela lei, na Venezuela o cambio só pode ser feito entre o turista e o governo, ou seja, sua moeda estrangeira tem que ser vendida ao tirano. Acontece que o cambio é mantido artificialmente elevado, ou seja , digamos que um DOLAR= 4,30 BOLIVARES oficialmente. Mas, no mercado negro 1 USD = 9,00 bolivares em CCS, mas no aeroporto lhe pagam no mercado negro 7,00 bolivares. Nossa, o assédio é infernal. Veja hoje neste site como estão as cotações: http://www.dollar.nu/paralelo.php" onclick="window.open(this.href);return false; .
Chaves proibe e prende quem divulgar cotação do mercado negro. Somente sites hospedados em outros países o divulgam............. ridículo.
Acontece que no free shopping eles aceitam pagamento em BOLIVARES. Deste modo ao fazer cambio seu dinheiro cresce brutalmente e tudo fica a preço irrisório. Quando voltei da viagem vim com volume de dinheiro em especie para comprar o que queria no free shopping após cambiar por bolivares. No Canada saquei dolares canadenses no cartão e vamos as compras. Foi de dar gargalhada o preço pago pelos produtos. Um produto que no Brasil custa 5.000 paguei 500.
Quando voce chega em Maiquetia e procura um banco para sentar procura, procura e não encontra. Segundo um brasileiro residente na Venezuela, Chaves não permite bancos ou poltronas para evitar mendigos no aeroporto. Acredite se quiser!!!! E para sentar como fazer? Voce terá que entrar em algum estabelecimento e consumir. Senão não há acordo! Ridiculo.
Pizza: Entramos num dos restaurantes de melhor aspecto do aeroporto e pedimos uma pizza MÉDIA por módicos U$30. Um roubo! Quase meia hora depois ela chega com tanta mussarela que em vários pontos era visível o extrato de tomate cobrindo a massa. Não preciso nem dizer que a massa vindo diretamente do Polo Norte deveria estar num congelar a mais de 50º C negativos. Deste modo, com uma talhadeira ou picareta conseguiamos comer um pedaço da pizza que não tinha gosto de nada. Intragável não comemos nada. Ridiculo.
Nesse mesmo dia, optamos por sentar num outro local até conseguir o novo re-embarque 4 horas antes do voo e usariamos a sala vip da American. Minha esposa optou por irmos num concorrente cucaracho do KFC. Maldita hora! Foi ela comer e IMEDIATAMENTE , INSTANTANEAMENTE começou aquela patriotismo, HUGO, HUGO, HUGO. Pare meu bem, pois os militares podem nos preender! Não é outro Hugo Chaves não! Ah................. e toma banheiro para a coitada.............. foi terrível. Embarcamos, no jantar do voo, serviram como opção escolhida Camarão com um Chablis muito gostoso. Que Hugo que nada, ela dormiu e só acordou no poso em Toronto.
Na volta, por questões de tráfego tivemos um pernoite em Maiquetia. Como a única estrada que ligava o aeroporto internacional a Caracas teve queda de uma ponte ( vejam a precariedade do país ) o tempo entre o aeroporto e Caracas para o deslocamento em cada sentido era de 4 horas.
Optei por ficar num hotel próximo ao aeroporto. Só existem 2 possíveis, os demais são chiqueiros humanos.
O Eurobuilding hotel, razoável, com diária a US 300 e o Ole Caribe por uns USD 180. O primeiro tem reservas com meses de antecedencia necessária o segundo onde fiquei é um 2* com papo que é 5*. Limpo, mas EXTREMAMENTE modesto.
O transfer contratado foi com a empresa Venezuela Tuya: http://www.venezuelatuya.com" onclick="window.open(this.href);return false;
Uma senhora, com uma perua americana velha, nos esperava para nos levar no hotel. Foi gentil, correta e realizou o combinado.
Cuidado: Na saída do aeroporto ao atingir a rua é muito comum violencia contra turista. Evite pousar a noite em Maiquetia.
A locação de veículo na Venezuela custa MUITO CARO!
