Minha viagem para Detroit e arredores com um bebê
Era verão no Hemisfério Norte quando desembarcamos em Detroit para iniciar nossa road trip com nosso bebê de quase 6 meses. Bilhetes emitidos com milhas Smiles desde novembro do ano passado, sendo um em classe executiva (minha mulher e filha) e outro em econômica (eu). Minha sogra quis acompanhar a viagem e foi muito bem-vinda. Para emitir o bilhete de nossa filha no colo ligamos com antecedência e anotamos o código localizador. No aeroporto fui no guichê da Delta de posse deste código e paguei o bilhete dela (R$415,00) referente ao trechos Rio – Detroit e Atlanta – Rio.
Desembarcando em Detroit nossas malas não chegaram. A Delta nos informou que elas chegariam à noite e que já estavam em Atlanta. Nos emprestaram um seat car novinho que só chegou à noite, como prometido. Pegamos um shuttle para a área de aluguel de carro tranquilamente porque era verão. No inverno deve ser complicado. A empresa escolhida foi a Alamo e ao chegar o maior carro dentro da classe standard era o Chevrolet Cruze. Paguei mais US$85 e fiz um upgrade para uma Captiva por precaução. Uma olhada na mala do carro após alguns dias de compras e com a parafernália da criança.
Era muito cedo para fazer check in e fomos conhecer a cidade que fica a quase 40km de distância. Carro é essencial. Ai que veio a primeira surpresa: sem trânsito às 9h da manhã.
Ao chegar próximo ao centro você vai ver as placas para o Canadá.
Alguns colegas vão sentir a diferença em um detalhe: as fotos da minha co-piloto, minha mulher. Agora com um bebê ela viaja no banco de trás e as fotos ficaram diferentes. O que não impede que estejamos todos juntos na estrada. Abaixo um trenzinho elevado que roda o centro da cidade.
Uma coisa que pude notar é como Detroit é vazia. Sem movimentação de trabalhadores e com prédios que realmente aparecem abandonados.
Normalmente eu iria querer ir lá pra ver como é, mas fui conservador e me dirigi para o Riverwalk, região turística que já havia pesquisado. O rio em questão é o Rio Detroit, que foi despoluído e separa os Estados Unidos do Canadá. Do outro lado deste rio está a Cidade de Windsor. Legal que é tudo plano ou com rampas, o que facilita andar de carrinho de bebê.
Em frente a este calçadão está o Renaissance Center, onde fica o quartel general da Chevrolet. Neste complexo, que possui lojas de souvenir, escritórios, praça de alimentação e outras lojas, a Chevrolet mantem um showroom com todo seu portfólio. Os carros estão caros, na minha opinião, até nos Estados Unidos. Tem um hotel Marriott dentro deste complexo também.
Andando mais um pouco no Riverwalk chegamos à uma praça pretensiosamente famosa da qual não recordo o nome e que estava vazia. Era praticamente nossa. Eu já havia visto fotos da escultura “funcionando”, mas não dei sorte no dia. A partir deste ponto é possível ver parte do skyline de Detroit.
Andando mais ainda chegamos a um barco desses com pás de propulsão a moda antiga para passeios e muitos painéis explicando a história do lugar. Passeios fáceis de fazer com uma criança pequena.
Estávamos cansados da viagem e não visitamos Belle Isle, Greektown e outras atividades que havia pesquisado. Com uma criança estou mais comedido e é ela que dita o ritmo da viagem. Sem falar que estávamos com uma outra “criança” de 70 anos conosco. Fomos comer em um The Cheesecake Factory em um shopping próximo ao hotel, um Baymont and Suites, localizado no subúrbio de Southfield. Nossa filha dormiu entre nós na boa. Ela não é mais pequena a ponto de ser esmagável. Descansamos o restante do dia e pedimos comida no quarto mesmo. Mesmo no verão estava esfriando à noite e não quis arriscar comer fora. No caminho para o hotel algumas esculturas e prédios relacionados à indústria automobilística.
Pesquisei também visitar Motown Records, situado em um subúrbio próximo e a fábrica da Ford, mas só eu queria fazer isso. Ao invés disso aceitaram ir à cidade de Ann Arbor onde fica a Universidade do Michigan e onde foi escrito o livro “Nuclear Reactor Analysis”, um clássico da Engenharia Nuclear. Outra cultura inútil relacionada a cidade é que os escritores e diretores da versão original do filme “A morte do demônio” também eram de lá. Menos inútil, tem um certificado de proficiência em língua inglesa que o IBEU aplica que é da Universidade do Michigan. Além de ser um passeio diferente, queria mostrar a minha filha sua futura universidade.
Um detalhe interessante é que Ann Arbor respira a universidade. Li que mais de um terço da população é de alunos, professores, funcionários diretos e indiretos. Além disso, eles adoram “Soccer” e importam jogos internacionais. São entusiastas dos times locais e tem o slogan “Go Blue” em alusão as cores da universidade. Tive que comprar uma camisa. É claro que existe uma rua principal com lojas, restaurantes assim como bibliotecas enormes e prédios principais como vemos nos filmes. Ficamos umas 3 horas perambulando e fomos comer. Fraudas trocadas e fomos fazer compras no outlet da rede premium em Birch Run, pequena vila ao Norte de Detroit e quase chegando no Lago.
Esse outlet é muito grande, acho que o maior que já fui (e já fui em muitos). É tão grande eu tem uma rua no meio e é meio desconexo um lado do outro. Achei a praça de alimentação bem fraca para o tamanho do centro, mas fui para comprar e não comer.
Assim preenchemos bem nosso segundo dia no Estado do Michigan visto que Detroit em si não nos pegou e eu até já esperava por isso. Detalhe interessante nessa primeira parte da viagem é a quantidade e tipos de animais mortos na beira da estrada. Além de muitos racoons, tinha veados (ou cervos) bem grandinhos atropelados e vi uma raposa também. A vegetação é bem pesada mesmo próximo a estrada principal e tem muitos anúncios relacionados a caça. Legal de conhecer.
Após esses dois dias no Michigan era hora de pegar a estrada novamente em direção a Cincinnati, no Estado do Ohio.
Boa viagem!
Minha viagem para Detroit e arredores com um bebê
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- GabrielDias Mensagens: 41746
Realmente Detroit não parece um bom destino.
O hotel não oferecia um berço, Daniel? Que horas sua filha dorme?
O hotel não oferecia um berço, Daniel? Que horas sua filha dorme?
- dpalma Mensagens: 1891
Não sei se oferecia um berço, mas ela dorme bem entre nós porque gosta de um "peito de lado". Com aquelas camas gigantes não faria a menor diferença para nós. Ela dorme no carro e a noite. Ela tem um cochilo do nosso meio dia também. Sabemos quando ela fica chatinha.
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- zebinsk Mensagens: 1282
Ufa! Quando comecei a ler pensei que você tinha arriscado levar sua família na parte abandonada de Detroit.
Pelo que leio na internet, só para os fortes mesmo.
Pelo que leio na internet, só para os fortes mesmo.
- Cristyan Mensagens: 2852
Acho que o nome da praça é Hart Plaza!
- FabioCalderon Mensagens: 3832
Detroit se tornou praticamente uma cidade fantasma. Há vídeos no Youtube que mostram bairros inteiros abandonados. Parece coisa de filme de terror. Fora que a cidade sempre figura na lista das mais violentas dos EUA. Quando fiz meu roteiro pelos Grandes Lagos, pensei em ir para Detroit, tinha vontade de conhecer a Motown, mas depois do que pesquisei, risquei da lista.
- remylebeau Mensagens: 572
Em 2011 quando fui estudar nos EUA, morei em Michigan, em uma cidade próxima de detroit (1hr), chamada Walled Lake. Cidadezinha pequena daquelas que você pega uma I-95 da vida e sem Perceber passa por 2 outras cidades. Estudava em Livonia e soh tenho elogios a região. Isso porque morei lá na melhor época: Abril a Agosto. Literalmente cheguei com o sol e fui embora junto com ele, hehe. O inverno lá castiga muito! Fui conhecer o campus da Michigan State University, e achei fantástico! Cheio de bares nos arredores, uma vida noturna bastante agitada. Em detroit fui uma vez, fiquei bastante assustado também ao notar uma cidade deserta, bairros suspeitos e uma quantidade enorme de imóveis abandonados. Cheguei a visitar um estádio do Tigers, mas não entrei. A noite Fui a um cassino que parecia ser um "oásis no deserto". Bem bacana!
- remylebeau Mensagens: 572
Seguem algumas fotos do campus onde estudei...
No período que morei lá, também notei uma quantidade enorme de racoons e outros animais pequenos mortos nas ruas/estradas. Era triste de ver
No período que morei lá, também notei uma quantidade enorme de racoons e outros animais pequenos mortos nas ruas/estradas. Era triste de ver
- dpalma Mensagens: 1891
Não faço bravuras de ir em lugares perigosos não. Toda viagem deve começar em um lugar e terminar em outro. Como foi de milha, tive que começar por Detroit. Não teve jeito. Mas eu não vi nada de mais por lá para merecer uma volta. Se fosse uma escala de um dia eu acho que vale a pena sim, assim como Charlotte ou qualquer outra cidade de médio porte. Na sequência tem coisa melhor...
Que curso você fez por lá?
Que curso você fez por lá?
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- VitorFonte Mensagens: 2942
Achei muito vazia a cidade também, bem diferente.
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