Caminito? Pra mim, essa imagem representa mais Buenos Aires atualmente
Buenos Aires está na lista dos lugares que mais vezes visitei durante minha vida, por diferentes razões. Sempre gostei de lá, mas confesso que, nos últimos tempos, sequer cogitava retornar. Mais do que isso, qualquer ideia de viagem para o destino me desanimava um pouco. Já conhecia de cor e salteado todos os principais pontos turísticos, e a situação política e econômica da Argentina não me agradava nem um pouco.
Até que, por uma série de circunstâncias, surgiu a oportunidade de viajar novamente para Buenos Aires, desta vez pelo Falando de Viagem. Foi uma das melhores coisas do ano. Fazendo do limão uma limonada, busquei um outro olhar sobre um destino bastante manjado. Foi a chave para descobrir um lado da capital portenha sobre o qual já tinha ouvido falar, mas ainda não havia explorado a fundo. Um lado extremamente cultural, gastronômico, sofisticado. Foram alguns dias imersos em pratos criativos e saborosos, em museus pouco visitados pelos turistas brasileiros e em hotéis de excelência. Não passei nem perto dos pontos turísticos mais tradicionais.
No fim das contas, em minha oitava ida a Buenos Aires, acabei praticamente descobrindo uma nova cidade. Que, apesar dos problemas políticos e econômicos da Argentina, me encantou, tal como se fosse minha primeira vez. Tive a experiência de viver como um verdadeiro portenho, sem pressa, sem a obrigação de tirar fotos em frente a monumentos, apenas me deliciando com o forte aspecto gastronômico e cultural da cidade.
A experiência serviu para reafirmar a tese, bastante falada aqui no Falando de Viagem, de que muitas vezes, a segunda, terceira, quarta ida a um destino, é até melhor do que a primeira. Se antes tinha certa preguiça de retornar a Buenos Aires, agora não vejo a hora de fazer as malas e voltar para explorar mais este lado recém-descoberto da capital portenha. Viajar também é quebrar barreiras e preconceitos, em uma constante capacidade de renovação.
