Parque de Aventuras Barrancas del Cobre, no México

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falandodeviagem Mensagens: 19830 Administrador
Sex Nov 06, 2015 7:26 am
Parque de Aventuras Barrancas del Cobre, no México

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Caribe? Praia? Que nada! Para aqueles que gostam de sair do roteiro padrão e conhecer lugares que os viajantes regulares provavelmente nunca nem ouviram falar, esta é uma dica de ouro.

Estamos falando das Barrancas del Cobre (Copper Canyon), os canyons que ocupam nada menos que 59 mil quilômetros e ficam na região ainda desconhecida e um tanto remota de Serra Madre, no norte do México. A região, embora já conte com boa estrutura de turismo, praticamente só é visitada por mexicanos, então, raramente se ouve conversas em inglês no trem ou nos hotéis.

Chegar aos canyons já é parte da diversão, pois você terá que pegar um trem de passageiros (o único em funcionamento no país) que percorre um trajeto de vistas espetaculares em meio a pontes, túneis, lagos e serras.

Portanto, a região oferece duas atrações principais: o trem Chihuahua-Pacífico (apelidado El Chepe), que faz o dito trajeto de 15 horas (652 quilômetros) pelas serras mexicanas, e os vilarejos ao longo da rota, onde você pode fazer paradas e aproveitar atrações naturais como parques e cachoeiras - e ainda travar contato com os povos nativos dos locais.

Convidamos vocês a viverem um pouco dessa aventura que realizamos!

É necessário reservar pelo menos três dias para o passeio, pois será preciso pegar um avião da capital D.F. até Los Mochis ou Chihuahua, que são as duas cidades ligadas pela ferrovia e de onde sai diariamente um trem para o sentido oposto. Sugerimos particularmente a rota Los Mochis para Chihuahua (e não o contrário), pois assim você verá a parte mais bonita do trajeto no início da viagem quando ainda é dia e se está mais descansado.

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As passagens aéreas da capital para Los Mochis/Chihuahua custam em torno de 300 reais (o trecho) e a viagem dura 2 horas. O ideal é pegar um voo à noite para uma das duas cidadezinhas (que não possuem grandes atrativos), dormir por lá (há hotéis como o ibis próximos às estações ferroviárias) e pegar o trem no dia seguinte logo cedo (ele parte sempre às 6 da manhã).

O trem oferece duas categorias: 1ª e 2ª classes. Não há diferenças em termos de conforto (ambos possuem vagões de passageiros com poltronas semi-reclináveis e acolchoadas); o de 1ª classe conta com um vagão restaurante e o de 2ª classe com uma pequena lanchonete, mas ainda assim o preço de um é quase o dobro do outro. Na realidade, a grande questão é que o trem de 2ª classe não corre todos os dias, então, se a sua viagem for mais curta é provável que os horários compatíveis sejam só do trem de 1ª classe. Clique aqui para checar os dias.

O preço é de 2500 MX (cerca de 500 reais). Como o valor da passagem é calculado pelo número de estações percorridas, você pode optar por quantas paradas quiser sem acarretar aumento do preço da passagem (lembrando que o trem só passa uma vez por dia, então uma descida significa dormir uma noite no local).

Comprar o ticket do trem foi uma dificuldade à parte e por um momento nos imaginamos como Harry Potter para embarcar na Plataforma 9 ¾: será que existe mesmo? O site oficial do El Chepe possui telefones e e-mails desatualizados e não há um meio de comprar ou ao menos reservar on-line.

Depois de muita pesquisa e contato com agências mexicanas, na véspera do embarque para Los Mochis, enfim localizamos um e-mail atualizado onde é possível fazer a reserva (o que recomendamos, pois algumas épocas do ano – especialmente feriados – podem ser mais lotadas): [email protected].

Comprada a passagem aérea e o ticket de trem, é hora de embarcar na viagem!

Saindo de Los Mochis às 6 da manhã, espere começar a ver vistas incríveis por volta das 8 horas, quando o trem passa pela 1ª parada em El Fuerte. Como os vagões possuem janelas que não abrem, prepare-se para passar as próximas 7 horas em pé nos corredores abertos entre os vagões (fique do lado direito do trem!) tirando fotos incontáveis e trocando experiência com os outros turistas (os mexicanos são simpáticos e é bem provável que puxem conversa, especialmente ao notarem que você é estrangeiro, pois se surpreendem que visitem a região).

Veja algumas fotos do trem:

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Veja algumas fotos do trajeto:

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Descemos por volta das 2 horas da tarde na estação Posada Barrancas (esta estação é colada na seguinte, Divisadero; ambas estão no coração dos canyons, a descida em uma ou outra depende apenas do hotel escolhido).

A região conta com 3 hotéis maiores e algumas pequenas pousadas; escolhemos o Hotel Mirador Posada Barranca, que é considerado o mais legal da região, pois fica encravado dentro do vale e todos os quartos possuem vista direta para os canyons. É um verdadeiro espetáculo! As diárias para o quarto de casal giram em torno de 800 reais e incluem almoço, jantar e café da manhã (sem bebidas). A comida é simples, sem maiores incrementos.

O hotel (assim como os outros da região) oferecem caminhadas e passeios a cavalo após o almoço. Sugerimos fazer um deles e depois ir para a varanda do quarto, pegar um bom vinho e aproveitar o espetáculo da natureza até escurecer.

No dia seguinte faça seu máximo esforço para acordar antes do nascer do sol, pois garantimos que é absolutamente imperdível. Inclusive, se a programação envolver uma única noite em meio aos canyons o tempo até o trem chegar estará contado, então quanto antes começar o dia, melhor.

Depois do café da manhã é hora de aproveitar o dia no Parque de Aventuras Barrancas del Cobre, onde se encontra a tirolesa mais longa do mundo. O Guinness Book visitará em breve para certificar o recorde.

O parque funciona diariamente de 9:30 às 16:30 e possui quatro atrações principais (além de uma concha acústica para shows/eventos e brinquedos para crianças): Zip Rider (a famosa tirolesa), Circuito de Tirolesas (7 tirolesas em sequência e 2 pontes suspensas), Via Ferrata (circuito com rapel, pontes suspensas e escalada) e teleférico. São oferecidos pacotes com atrações combinadas, mas espere gastar uns 300 reais para fazer todos os passeios (1500 MX).

Antes mesmo de começar a escolher entre as atrações, vá até o restaurante/lojinha, onde poderá apreciar a bela vista e andar pelo piso de vidro para começar a sentir a adrenalina e grandiosidade do lugar.

Fomos recebidos no parque pelo gerente, que explicou um pouco da estrutura e do funcionamento, assim como contou dos projetos para o futuro. A área total do terreno é de 146 hectares, sendo que o parque em si ocupa 13 hectares. Atualmente contam com 100 mil visitantes por ano, sendo sábados, as épocas da Semana Santa e as férias de julho e dezembro as datas mais visitadas.

Embora ainda não haja estatísticas oficiais, a grande maioria dos visitantes vem da capital mexicana e a intenção é ampliar a divulgação principalmente para estrangeiros.

Tiradas às primeiras fotos da incrível vista, é hora de experimentar as atrações do parque. Testamos primeiro o Circuito de Tirolesas - antes de tudo são colocados todos os equipamentos de segurança e os monitores explicam pacientemente os procedimentos de segurança para pequenos grupos de aproximadamente 10 pessoas. Depois é hora de aproveitar o circuito de 5 quilômetros divididos entre 7 tirolesas e as 2 pontes suspensas. A tirolesa mais longa tem 1.1 quilômetro, está a quase 500 metros do chão, podendo chegar a mais de 100 km/h! Apesar da adrenalina ser garantida, não é necessário um grande preparo físico para fazer o passeio, que dura cerca de 2 horas (ao final do circuito chega-se ao teleférico, que faz o caminho de regresso ao centro do parque).

O teleférico, certamente a atração mais tranquila para aqueles com problemas cardíacos, vale a pena pela vista - tanto pela observação dos canyons e vilarejos (há comunidades ao longo da serra) quanto das tirolesas que passam ao longo fazendo barulho. As cabines saem a cada meia hora e gastam cerca de 10 minutos para cruzar o parque, levando até 60 pessoas por viagem.

Por fim, aproveitamos o ZipRider, que é a maior tirolesa do mundo (a certificação pelo Guinness Book deve acontecer ainda este ano), inaugurada em 2014. São 2,5 km a uma velocidade de até 135km/h a 450 metros do chão - cerca de 3 minutos de voo. Acredite, são alguns segundos de pura adrenalina até passar o medo e começar a curtir a paisagem ao redor. Aqui vale aproveitar a GoPro para ir filmando tudo! O passeio dura cerca de meia hora e é preciso fazer uma caminhada de 800 metros depois da tirolesa até o topo da montanha para pegar o teleférico de volta para o centro do parque.

Veja algumas fotos do local:

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Veja esse vídeo de divulgação da atração:

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Dada a falta de tempo não conseguimos fazer a Via Ferrata, que dura cerca de 1 hora e 30 minutos e conta com um rapel de 48 metros, 3 pontes suspensas, uma escalada em rocha e um salto de pedra a pedra. O tour também não exige preparo físico acima da média e basta altura mínima de 1,20 metros e peso máximo de 120 quilos.

Depois da manhã agitada no parque, é hora de regressar ao hotel para buscar as malas e esperar o El Chepe na estação ferroviária para prosseguir a viagem até Chihuahua ou Los Mochis ou desembarcar em outros pontos (como Creel, por exemplo) e aproveitar outras atrações da região.

Adoramos nosso passeio e agora esperamos que os brasileiros comecem a explorar mais e mais essa região tão rica quanto desconhecida do norte mexicano e voltem com ainda mais dicas do lugar.

Boa viagem!

Texto e fotos: Renata Hollanda.

O Falando de Viagem viajou ao México com apoio do Conselho de Promoção Turística do México.

E você, conhece o Parque de Aventuras Barrancas del Cobre, no México? Gostou? Recomenda? Conta para nós a sua experiência!

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JulianaMagalhaes Mensagens: 6026
Sex Nov 06, 2015 9:19 am
Que máximo!
Minha cara esse passeio! Adoro essas aventuras...

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VitorFonte Mensagens: 2942
Sáb Nov 07, 2015 1:49 pm
Show! Lugar bem bacana e as fotos ficaram ótimas!

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RenataHollanda20584 Mensagens: 1
Seg Nov 09, 2015 5:37 pm
Definitivamente um dos passeios mais memoráveis que já fiz! Valeu cada minuto e recomendo para todos que forem ao Mexico!

Patricia Mensagens: 2384
Seg Nov 09, 2015 7:53 pm
Que lindo esse lugar! Nunca tinha escutado falar. Muito bom saber!

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