Diferença de Preços nas Passagens BRA-USA e USA-BRA

[BrunoHNM]

Em um tópico de um forum de aviação, vi um usuário questionar a diferença de preço do mesmo vôo (no caso Miami-Guarulhos). Ele relatou que o preço do trecho GRU-MIA-GRU era o dobro do trecho MIA-GRU-MIA, e questionava o porque, visto que a distancia era a mesma.
Lhe respondi que no caso, o que valia era a lei de mercado. Mais demanda por embarques Brasil-EUA fazem com que as empresas cobrem mais (tudo bem que já é exagero o dobro, as é a tal le de mercado - se eles oferecem e tem quem compre...já viu).
O interessante foram os desdobramentos do papo. Alguém sugeriu ir com milhas aos EUA e comprar o trecho MIA-GRU-MIA, e desprezar "a volta". Outros sugeriram comprar duas passagens por passageiros (afinal, se é o dobro, dá no mesmo) usar apenas os trechos que interessam e pedir reembolso (mesmo com as multas) dos trechos não usados. Na teoria, você viaja pelo mesmo preço daqui, mas consegue um credito junto a companhia aérea (no caso especifico citado, a TAM).
Não sei o que vocês acham deste combinação: se ela é possivel, se incide diferenças de franquia de bagagem, se o reembolso é viável, etc. Fica ai uma reflexão.

[falandodeviagem]

Na American Airlines a franquia de bagagem é a mesma. É preciso checar com as outras.
Na TAM essa opção é interessante, pois o valor é consideravelmente menor. O Fabio comprou recentemente e poderá falar mais sobre o assunto.

[Nishan]

Existe o chamado piso mínimo determinado pela ANAC para os valores das passagens aéreas internacionais. As cias. aéreas simplesmente não podem cobrar o valor que querem. Elas devem obedecer a este piso. No final de 2008 foi divulgado o fim gradual deste piso que entraria em vigor em 2009. Desse modo, durante este ano os preços seriam reduzidos em 20%, depois em 50%, mais adiante em 80% e finalmente no primeiro dia de 2010 os preço seria liberado.
No final de 2008 a Justiça Federal suspendeu a liberação das tarifas. Sindacatos, TAM e GOL choraram, etc. Atualmente não sei em que pé está essa liberação de tarifas.

Eu já fiz algo parecido com isso em 2009, mas por necessidade. Comprei um MIA-GIG-MIA pela TAM porque um one-way MIA-GIG era mais que o dobro do preço. Após ter retornado ao Brasil liguei para a TAM para perguntar a respeito do reembolso (se era possível) do trecho GIG-MIA que eu não iria utilizar. Após ter aguardando bastante tempo na linha consegui falar com uma atendente que me garantiu que era possível conseguir o reembolso. Logo depois fui ao balcão da TAM no aeroporto solicitar o mesmo e a resposta dos atendentes é de que o reembolso não seria possível. Telefonei novamente para o call center e outra vez foi me dito que eu poderia receber o reembolso do trecho que não iria voar. Fui outra vez ao balcão e pedi para falar com quem cuidasse da parte de vendas e expliquei a situação. A resposta da TAM foi de que como o valor da multa ultrapassaria o valor do reembolso, não seria possível solicitar o mesmo.



Em todas as outras empresas que fazem Brasil-EUA e EUA-Brasil a franquia é de 2 malas de 32kg.

[falandodeviagem]

Uma boa opção também é comprar a ida na tarifa mais barata e a volta em uma tarifa que seja totalmente reembolsável. Chegando ao destino você cancela a volta e pode voltar com uma passagem emitida com milhas.

[FabioCalderon]

Bruno, sua análise está certíssima: Por uma questão de oferta e demanda, atualmente sai muito mais barato se vc comprar a passagem MIA-GRU-MIA do que se comprar GRU-MIA-GRU. A mesma coisa vale para praticamente todos os destinos ligados por vôos entre Brasil e EUA. Essa estratégia é totalmente válida e compensa bastante do ponto de vista financeiro, principalmente se a pessoa tem a certeza de que voltará para os EUA em determinada data. Vou esquematizar o que fiz: No dia 30 de maio, peguei a ida GRU-MCO de executiva pela TAM (40.000 pontos). Agora em dezembro, fui a uma agência de turismo em Miami e pedi cotações de passagens aéreas para o Brasil. Acabei comprando MIA-GRU-MIA, indo para São Paulo em 09 de junho (será a volta da viagem de Corpus Christi, portanto), e voltando aos EUA no dia 08 de julho (será o início da minha viagem de julho, portanto). A passagem, com taxas, saiu cerca de U$900,00. Isso em alta temporada!

[BrunoHNM]

Então, a situação é valida, principalmente para quem pode se programar melhor e tem milhas para emitir ao menos um trecho, ou mesmo buscar uma tarifa que permita o reembolso integral. Vou avaliar com mais atenção então estas possibilidades, e quem sabe, fazer algo parecido na proxima ida aos EUA.