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Atual polo gastronômico mais interessante do Rio de Janeiro, a Conde de Irajá, em Botafogo, guarda tesouros para o paladar. Enquanto a maior participação brasileira nas cobiçadas listas de melhores restaurantes do mundo está em São Paulo, a rua de casas tombadas garante dois estrelados Michelin e as posições 23 e 24 no World's 50 Best Latin America 2019: o Oteque e o Lasai.
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O Lasai
Sob comando do chef carioca Rafa Costa e Silva, a proposta Lasai foi elaborada para valorizar a proximidade. O restaurante cria as próprias galinhas, tem uma horta de orgânicos e para demais ingredientes, trabalha apenas com pequenos produtores.
O conceito transborda para o ambiente. A decoração usa madeira, tijolos e um toque de cor de forma sofisticada e convidativa ao mesmo tempo. O primeiro andar é dividido entre a área principal com as mesas e a cozinha totalmente aberta para apreciação. Com sorte e uma reserva feita com antecedência, você pode garantir um dos seletos lugares no balcão. Um lance de escadas depois está o agradável lounge a céu aberto com a insubstituível vista para o Cristo Redentor.
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Por respeito à sazonalidade dos ingredientes, o Lasai não trabalha com menu fixo. Você deve escolher apenas entre uma degustação menor ou maior: o "Menu -", com três etapas por R$ 345,00, e o "Menu +", com seis tempos por R$ 385,00.*
*Preços de novembro de 2019.
Nossa experiência
Optamos por o "Menu -" com o adicional de R$ 195,00 da harmonização sugerida, mas também é possível selecionar vinhos e drinques do menu com preços individuais. Como tudo no Lasai, a carta de vinhos também é diferenciada, o que torna a experiência ainda mais redonda. A adega dispõe uvas de todo o mundo, sempre "artesanais, provocativos e instigantes", como o próprio cardápio define.
Chegamos adiantadas para a reserva de 20:30 e aceitamos a sugestão de iniciar a noite no lounge do segundo andar com um drinque e canapés. Antes dos três tempos - entrada, principal e sobremesa -, é servido duas porções de finger foods. Aqui, vale o lembrete de que você provavelmente não irá comer o mesmo que verá em nossas fotos - e é essa a beleza de experienciar um restaurante como o Lasai.
O primeiro contato com a mente do chef estabeleceu o tom da culinária proposta na casa. As criações de palmito, batata doce, abobrinha e abóbora apontam o destaque absoluto que permaneceu ao longo da refeição dos legumes, verduras, raízes, caules e tudo que é natural da terra.
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Em seguida, fomos convidadas a descer e nos acomodar na mesa. O atendimento é impecável, sem perder o afeto carioca. A segunda rodada de beliscos priorizou os quentes: tempurá de cenoura e gengibre, torta de tomate, brioche com peixe branco marinado e rabanete e lâmina de castanha do baru com barriga porco.
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Os três tempos começaram com uma salada fria de chuchu. Para o principal, costela de porco com abóbora assada e duas saladas que ao invés de acompanharem a proteína, foram igualmente protagonistas. Em um misto de êxtase e tristeza pelo fim, a sobremesa combinou amoras, chocolate e capim-limão.
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A delicadeza está presente até mesmo no pagar da conta. Cada cliente recebe um envelope feito de grãos para que a ideologia do cultivo domiciliar se dissemine para além do restaurante. Dentro, está a lista de todos os ingredientes que compuseram o jantar. A vontade é que esse seja o início de uma coleção.
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Vale a pena ir no Lasai?
Sem dúvidas! O Lasai é parada obrigatória para quem vê a comida para além do alimento e pode investir em vivências multissensoriais. É evidente que jantar em um restaurante de altíssima gastronomia é algo a ser reservado para noites especiais. Mas apesar do custo ser indiscutivelmente alto, está dentro da média do nicho.
A visita ao Lasai requer reserva prévia, feita através do site do restaurante. Quem sonha em jantar no balcão precisa se planejar com ainda mais antecedência. Além da data, deve-se definir um horário entre 19:30 e 22h, escolher um menu a ser desfrutado por toda a mesa e informar restrições alimentares. Para concluir o agendamento, é solicitado os dados de um cartão de crédito como garantia, mas só há uma cobrança de R$100 em casos de no-show; caso contrário, a conta total é paga na casa.
Bom apetite!
Texto: Manoela Caldas.
Fotos: Manoela Caldas e divulgação.
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