A GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A. (BM&FBovespa: GOLL4 e NYSE: GOL), (S&P: B+, Fitch: B+, Moody`s: B3), a maior companhia aérea de baixo custo e baixa tarifa da América Latina (
), informa que descontinuará, a partir de 03 de outubro, os voos regulares para Santiago (Chile). A decisão baseou-se em critérios financeiros, dentre os quais destacam-se a baixa rentabilidade em razão dos custos fixos elevados para realização da operação, além do amadorismo e administração baseada em empresa de ônibus.Comunidado: http://www.mzweb.com.br/gol2009/web/arquivos/Cancelamento%20SCL.pdf
Pois é, mais uma vez vemos a GOL fechando uma rota internacional, onde vamos juntar com Londres, Paris, Cidade do México e Bogotá. A justificativa é a questão de custos.
Para quem não sabe, a GOL voava para Santiago do Chile, via Ezeiza (Buenos Aires), partindo de Guarulhos, ou seja, GRU-EZE-SCL. O vôo saia no final do dia de São Paulo e chegava na madrugada em Santiago.
A primeira pergunta para ser feita era qual o motivo de voar por Ezeiza? Lá a empresa tem a concorrência de Aerolíneas, LAN, Sky e até da Air Canadá em vôos diretos. Se olharmos para o Aeroparque, temos a Aerolíneas e LAN.
A lição que temos aqui é que a empresa não faz estudo algum (ou pouco) sobre suas rotas e possíveis realocações. Se olharmos o mercado Brasil - Chile, temos apenas a LATAM como a empresa que faz a rota. É importante lembrar que ela deverá ceder dois slots (um aqui e outro lá) para uma empresa voar São Paulo - Santiago e concorrer com ela. Com a saída da GOL, vejo uma grande chance da chilena Sky entrar na jogada.
Se a GOL tivesse estudado direito, ela poderia pensar em algumas situações para o vôo: Sair do Rio, passar em SP e voar Santiago / Sair de SP, passar pelo Sul (Porto Alegre ou Curitiba (como faz no vôo para Asuncion) e depois Chile, ou até arriscar algo no centro-oeste.
Enfim, mais uma vez vemos o amadorismo da empresa que é um case de sucesso. Apenas para constar, durante os últimos tempos a LAN lançou dois vôos Rio-Santiago direto e hoje anunciou um vôo São Paulo - Bogotá, rota que a GOL abandonou há alguns meses.
