Viagem combina com mau humor e falta de educação?

[GabrielDias]

Já fizeram isso comigo!!! Encostei e o oficial reclamou!!!

[baran]

Muitos anos atrás, um dia antes de completar 18 anos, meu irmão foi tirar passaporte. Levou toda a documentação exigida à sede da PF no Rio, na praça Mauá.

O funcionário olhou os papéis todos, virou-se para o meu irmão e iniciou-se o seguinte diálogo:

- Cadê o certificado de reservista?

- Eu tenho 17 anos.

- Onde está o seu título de eleitor?

- Eu tenho 17 anos.

O sujeito fez cara feia mas teve que aceitar, pois menores de 18 anos não precisam apresentar esses documentos.

Ficou notória a má vontade do funcionário, que tentou achar problema onde não havia problema.

[Fabio]

Baran, o pessoal que confere passaporte e opera máquina de raio X é terceirizado. Não ganham tão bem, não.

[baran]

Fabio,

Já vi fiscal operando máquina de raios-x (e entendendo menos do negócio que a terceirizada, que parecia mais acostumada).

Mas tens razão, na maioria das vezes são terceirizados que fazem esses serviços.

[AndBrag]

Absurdo que esse povo acha que está acima do bem e do mau. A "otoridade", literalmente. Acham que estão fazendo um favor em liberar a entrada, em entregar passaporte, etc.

Uma vez passei por uma experiência muito bizarra na alfândega de Brasília, voltando de Lisboa. Vinha eu, minha esposa, filho e filha, e por coincidência, naquela tarde o voo da TAM vindo de Miami atrasou em quase 6h, ou seja, os voos chegaram mais ou menos juntos, o que fez o povo da alfândega ficar pegando encima dos que por lá passavam. O homem que faz a triagem na fila de "nada a declarar" viu o iPad na mão da minha filha, e perguntou se era novo. Respondi que não, que eu vinha de Lisboa, e mostrei a nota fiscal com a data da compra, em viagem anterior para os EUA (sempre levo para casos como esses) e disse que foi declarado, inclusive o número de série foi registrado no sistema. Ele começou a insinuar que era a nota era falsa, e eu perdi a paciência, afinal estava cansado depois de um longo voo em econômica, desabafei: "você realmente está insinuando que eu sou falsificar de notas? Um criminoso? Eu sinceramente não acredito que depois de voar quase 8h, chagar cansado, ter que ouvir um cara que se acha o dono da verdade que eu sou um sonegador de impostos, um criminoso."
Isso fez ele me mandar para uma sala, para averiguar se realmente eu tinha declarado o iPad e sido tributado. O fiscal viu no sistema que eu dizia a verdade, inclusive comentou que o colega é problemático inclusive com outros fiscais. Gente assim é fogo, viu.

[FabioCalderon]

É a famosa figura da "otoridade". Ou a síndrome do pequeno poder. Basta a pessoa ter qualquer tipo de autoridade para se colocar no papel de toda-poderosa. Engraçado que geralmente isso acontece com subordinados - raramente com supervisores ou "chefes". A "otoridade" se faz presente principalmente em determinados lugares do mundo...

Onde mais senti isso não foi no Brasil, mas em Porto Rico. Ali, parece que as autoridades fazem questão de se colocar como uma colônia subdesenvolvida dos Estados Unidos. E seu esforço de autoritarismo chega a ser patético. Uma vez entrei por lá com toda a família - pais e irmãos. Após uma fila enorme, o oficial da imigração ficou mais de 30 minutos folheando vagarosamente cada página de nossos passaportes - para depois mandar meus pais para a salinha da imigração e liberar eu e meus irmãos. Três jovens, na época, sendo liberados, e seus pais indo pra salinha (que, por sinal, estava lotada, pois mandaram boa parte do voo da Copa vindo do Panamá pra lá). Ao chegarmos ao porto para pegar o navio que sairia de San Juan, a mesma coisa. O oficial não se conformava com o fato de eu estar com 2 passaportes (um era o atual, o outro era o antigo com o visto norte americano). Tivemos que argumentar com ele durante um bom tempo.

[JLito]

Quem entrega o passaporte e atende as pessoas na PF do aeroporto não tem inveja das pessoas que vão até lá. Isso é má vontade e falta de educação mesmo. Agora, verdade seja dita: isso não vem apenas do lado dos policiais federais. Muitos viajantes brasileiros e estrangeiros abusam da paciência dos outros com sua falta de educação, modos e respeito.

Agora, sobre o ocorrido citado isso é mais um dos exemplos de como o atendimento ao consumidor é algo que ninguém parece levar a sério no Brasil. E isso tanto vale para o setor público como privado. Parece ser regra tratar mal os outros. No setor privado a alegação na maior parte das vezes é a baixa qualificação dos atendentes, baixos salários, etc ( o que eu não concordo 100% porque não é por seu salário ser baixo que você deve tratar mal os outros diariamente). Já no setor público isso é pior porque além de estabilidade e segurança no emprego, esses funcionários possuem um bom salário e um certo nível de qualificação (que aliás foi necessária para conquistar este emprego). O problema todo é a falta de educação mesmo das pessoas.

Sempre fico impressionado como o conceito de customer service é tão levado em conta nos EUA. Em determinados lugares você chega a não acreditar na forma como é atendido. Enquanto aqui, ao abrir a porta do avião no desembarque voltamos a nossa triste realidade...

[JulianaMagalhaes]

Infelizmente essas situações nos deparamos o tempo todo!
Algumas pessoas abusam da autoridade, outras são mal educadas de nascença, outras invejosas (por estarem trabalhando enquanto os outros estão viajando)...

Mas acho que tudo na vida existem 2 maneiras de se falar!
O caso que o Fabio comentou de encostar no balcão na imigração é algo normal, uma vez que as pessoas muitas vezes chegam cansadas do voo.
Mas não basta dizer educadamente:
-Com licença, o senhor pode desencostar do balcão pois não é permitido?!
Parece simples mas as pessoas muitas vezes escolhem o outro caminho!

O importante é não abalarmos dentro do possível com esses fatos para não estragarmos nosso dia ou viagem...

[Hugomarcio]

Um dos principais problemas é que as pessoas, ao estarem em posição de fiscalização, acreditam que possuem poderes para fazer o que quiserem.

Acrescente a isso a quase impossibilidade de se afastar um servidor e a ausência de meios para punir com eficiência os maus funcionários, e temos pessoas tratando os viajantes como se fossem bandidos.

Como dizem, dê uma grama de poder para uma pessoa, e veja quem ela realmente é.

[Gaspinha]

Este tipo de tratamento ao "condenado/criminoso" é universal por aqui e não só ao viajante.....Basta ir aos Correios e encontrará a figura da "otoridade" em todos os guichês de atendimento procurando algo errado no seu pacote ou carta e com regras próprias que acabou de inventar......
Fernanda, também não vejo nada parecido na Disney ou nos atendimentos ao cliente naquele país.....