Minha experiência remarcando passagem com a Copa Airlines durante a pandemia do coronavírus

Um apaixonado por viagens, vinhos e carros. Se deixar, viaja até em pé, mas nunca deixa de viajar.
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Fabio Mensagens: 8900
Sáb Mar 28, 2020 2:22 am
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Todo mundo sabe que o coronavírus afetou praticamente 100% da população mundial de alguma forma. E o setor de viagens e turismo foi um dos que mais sofreu impactos. Milhões de viagens tiveram que ser canceladas ou adiadas. A verdade é que ninguém sabe ao certo quando será possível retomar as viagens de forma segura.

Quem tem viagem marcada para o primeiro semestre precisou rever seus planos. Seja por segurança, voos cancelados ou fronteiras fechadas, a verdade é que não é prudente manter uma viagem programada para esse semestre.

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Em fevereiro de 2020 compramos um bilhete GRU-LAX-GRU para voar com a Copa Airlines, com data de partida em 07 de junho e retorno 26 do mesmo mês. No início de março ficou claro que haveria necessidade de alterar o bilhete em função da pandemia, que se mostra longe de ter um fim.

Entramos em contato com a Copa e, para nossa surpresa, fomos informados que a alteração somente seria possível mediante o pagamento de US$200 a título de taxa de alteração, acrescidos de uma diferença tarifária de cerca de US$800. Na prática, isso saia mais caro que comprar um novo bilhete.

De nada adiantou argumentar que a mudança se devia a uma pandemia mundial. A única coisa que o atendente fez foi sugerir enviar um e-mail ao customer service explicando o caso. Após quase uma semana obtivemos a resposta. Nenhuma concessão foi feita.

Dias depois ficamos sabendo que a ANAC havia feito um acordo com a empresas aéreas, flexibilizando as normais para alterações.

Dia 25 de março, entramos novamente em contato com a Copa. Fomos informados que de fato não haveria mais a cobrança da taxa de alteração, mas a cobrança de diferença tarifária estava mantida. Como a diferença tarifária estava dando cerca de US$25 apenas, achamos que não valia a pena o esforço e pagamos a tal diferença.

Mas o mais surpreendente estava por vir. Perguntamos, para deixar claro, o que aconteceria se até a nova data os voos ainda estivessem proibidos e viessem a ser cancelados. O atendente informou que caso o voo fosse cancelado pela Copa, uma nova remarcação sem custos poderia ser feita. Porém, pasmem, se o voo não pudesse acontecer por motivo de fechamento do aeroporto da Cidade do Panamá por determinação das autoridades panamenhas, como é o caso no momento, a Copa não assumiria responsabilidade e todas as taxas seriam cobradas.

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Entendemos que o mercado de aviação foi duramente atingido e a Copa, como todas as demais empresas do setor, passa por dificuldades. Mas também imagino que em um mercado tão competitivo, tratar os clientes dessa forma é uma péssima maneira de convencê-los a continuar voando com eles quando a crise passar.
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GabrielDias Mensagens: 41746
Qua Abr 01, 2020 12:58 pm
Eu acho que as empresas todas erraram em vários aspectos por nunca ter acontecido nada do gênero. Foi inédito. No início, elas acreditaram que seria leve, e depois viram que o problema era bem maior. Aos poucos, todas estão flexibilizando ainda mais.





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