Após as duas noites que ficamos no Michigan nós começamos a jornada em direção ao sul. Em uma viagem como essa com um bebe de quase seis meses é essencial respeitar alguns rituais. Primeiramente, quem manda nos horários é a minha filha. Basicamente nosso dia de turista começa após a mamada da manhã pós nosso café da manhã no hotel, seguido de sua caca tradicional e banho em pé conosco. Testamos essa fórmula nos passeios de ensaio no Brasil e funcionou. O efeito colateral é que isso ocorre umas onze da manhã. Mais ou menos nesse horário começamos a dirigir em direção a Cincinnati, no Estado do Ohio. Sem paradas, o Google Maps indica 4h30min.
Em pouco tempo cruzamos a fronteira com o Estado do Ohio um pouco antes da Cidade de Toledo, que visitamos ano passado ainda durante a gravidez da minha mulher. Outro detalhe importante é o tempo que leva para o bebe dormir no carro. Nossa filha, seca e bem alimentada, leva meia hora vendo galinha pintadinha no carro antes de dormir. Se o carro parar ela acorda. Sendo assim, aprendemos que é essencial para maximizar o sono dela e fazer a viagem mais fácil tentar não parar. O caminho até Cincinnati é totalmente sem atrativos. Exceto esta espécie de Cristo Redentor de uma Igreja no meio do caminho que era bem grande.
Me chamou a atenção que no Michigan praticamente todo o tempo o limite de velocidade nas estradas é de 70 MPH (115Km/h) e logo ao entrar no Ohio cai para 60MPH por um bom tempo. As tradicionais áreas de descanso estão lá para quem precisar fazer paradas durante a viagem. Paramos para almoçar num Oliver Garden na estrada e chegamos em nosso hotel situado a 30min ao norte de Downtown Cincinnati. Achei legal essa região, além do preço e porte dos hotéis, a vizinhança farta de restaurantes, um centro de convenções e o Cincinnati Outlet da rede Premium. Ficamos em um hotel chamado COCO Key Resort and water park que havia sido um Radisson no passado. Cama king e ela dormindo entre nós na boa.
Fizemos Check In e fomos no outlet próximo ver as modas e voltar cedo para dormir que estávamos exaustos e o calor estava incomodando. No dia seguinte fomos conhecer a cidade propriamente dita. Logo no café da manhã acompanhamos um festival de música que estava acontecendo ao vivo na Fountain Square para a massa trabalhadora curtir o verão. Fomos pra lá quase na hora do almoço e ainda tinha muita coisa legal por lá, inclusive tirar fotos com zumis no estilo The Walking Dead e um DelLorean do filme de volta para o futuro I. Inutilidades tipicamente americanas e que me fazem feliz.
Estacionamos em baixo do Hotel Hilton, em frente a Care Tower, uma espécie de Empire States do interior de onde é possível tirar fotos de toda a cidade e avistar os Estados de Indiana e Kentucky de lá de cima. O centro é bem compacto e pode ser percorrido todo a pé. O que eu faria se não estivesse tão quente para ela.
Na própria Fountain Square havia muitas atrações no dia em que a visitamos, como já havia comentado. Em frente a ela ainda tem uma churrascaria brasileira chamada boina brasa. Eu não estava com saudades ainda. Queria mesmo comer no Dennys e na HardRock, mas fica a dica.
Para quem não sabe, Cincinnati, ou simplesmente Cinci para os locais, é a sede de várias empresas, incluindo a Procter and Gamble, que se faz bem presente.
Andamos alguns quarteirões até a biblioteca pública por indicação do centro de visitantes situado na Fountain Square para achar um imã de geladeira e percebe-se um centro da cidade padrão de cidade média.
Depois disso um “mama” básico no lobby do Hilton para refrescar e alimentar fomos subir a Care Tower. Passeio honesto e que custa dois dólares. De lá pode-se ver todas as atrações que o FabioCaldeiron havia descrito nos posts dele sobre Cincinnati. É possível ver que com um carrinho de bebe e mais de 35 graus celsius as coisas ficam bem mais limitadas. Decidimos repetir o aquário de Atlanta para minha sogra conhecer um aquário realmente grande até o final da viagem. Noto um padrão de localização dos estádios de beisebol e futebol americano. Sempre no centro e próximo aos rios que cortam a cidade. Pittsburg é assim. Cleveland e Charlotte também. Qual será a ciência por trás?
Após descer fomos caçar um almoço e voltar pro hotel descansar. Contabilizamos uma média de 6h de turismo por dia até aqui. No dia seguinte partiríamos para um bate e volta a Indianápolis muito mais intenso com direito a visitar o circuito. Até aqui sem chuva para atrapalhar.
Boa viagem!
