Masada National Park | Um dos principais sítios arqueológicos de Israel

[falandodeviagem]

Vista do alto de Masada: Deserto da Judéia, Mar Morto e Jordânia[/pic]

Visão geral

Israel é repleto de sítios arqueológicos, ruínas e locais de importância histórica e/ou religiosa. O Masada National Park é um desses locais. Ruína de uma fortaleza construída no século 1 a.C. e posteriormente ampliada e transformada em palácio pelo rei Herodes, Masada está localizada no platô de uma montanha isolada no Deserto da Judéia, próxima ao Mar Morto. Sua importância histórica provém dos eventos que lá ocorreram no século 1 d.C.

Com a derrota dos rebeldes na Grande Revolta contra Roma (66-76 d.C.) e a destruição do 2º Templo de Jerusalém (70 d.C.), um grupo de revoltosos, os Sicários, fugiu e se refugiou na fortaleza de Masada. Em resposta, a Décima Legião Romana sitiou a fortaleza e começou a construção de uma rampa que a permitisse destruir suas defesas e invadi-la. Segundo um historiador daquela época, o cerco, que ocorreu em 73 ou 74 d.C., durou cerca de três meses e, quando a fortaleza foi finalmente invadida, os romanos descobriram que os revoltosos, cerca de 960 homens, mulheres e crianças, haviam cometido suicídio coletivo, preferindo a morte à escravidão nas mãos dos romanos. Masada se tornou posteriormente um símbolo de resistência e luta pela liberdade.

Durante o período bizantino o local serviu como monastério, até ser abandonado no século VII. As ruínas só foram redescobertas em 1838. Por sua importância histórica, Masada foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 2001.

Veja algumas fotos do local:

Ruínas da fortaleza de Masada

Ruínas da fortaleza de Masada

Ruínas da fortaleza de Masada

Ruínas da fortaleza de Masada

Ruínas da fortaleza de Masada

Ruínas da fortaleza de Masada

Chão de mosaico preservado

Paredes preservadas

Ruínas da fortaleza de Masada

Como chegar

O acesso de carro é muito fácil. As estradas são boas e há estacionamento coberto gratuito no local. De Jerusalém leva-se 1:45 de carro. Tel Aviv é um pouco mais longe, gastando 2 horas de carro.

Quem não está de carro pode contratar uma excursão que saia dessas cidades. Nesse caso, é interessante escolher uma excursão com guia, pois ter alguém que explique a história do lugar enriquece muito a visita.

Quanto custa

A entrada no parque custa 28 shekels para adultos e 14 shekels para crianças de 5 a 17 anos. O shekel tem equivalência com o real. A subida pode ser feita de teleférico ou a pé. A entrada no parque combinada com o teleférico custa 56 shekels (uma viagem) ou 74 shekels (ida e volta) e é a forma mais cômoda de subir. Crianças pagam 28 e 42 shekels, respectivamente.

O primeiro teleférico parte às 8:15.

A forma mais cômoda de se subir é pelo teleférico

Para subir a pé existem dois caminhos. O Caminho da Serpente (Snake Path), que tem esse nome pois vai ziguezagueando até o topo, como a forma de uma serpente. A trilha não é difícil e leva entre 45 minutos e 1 hora. O acesso é feito próximo ao centro de visitantes.

Visitantes subindo pelo Caminho da Serpente

A Rampa Romana (Roman Ramp), a rampa de acesso construída pelos romanos para invadir a fortaleza. A subida é mais curta, levando entre 15 e 20 minutos. O acesso, contudo, é feito pelo lado ocidental da montanha, sendo necessário estacionar o carro em outro local.

Muitas pessoas sobem o morro a pé para assistir ao nascer do sol, então o acesso a esses caminhos abre 1 hora antes do nascer do sol. Por causa do calor extremo do deserto o acesso fecha às 9:00 para subidas e às 10:00 para descidas, ficando aberto somente o teleférico.

Qualquer que seja o caminho escolhido, recomenda-se usar chapéu e levar água para a subida. É preferível visitar Masada de manhã cedo para evitar o sol e o calor do meio-dia. Do teleférico podem ser vistas as ruínas dos acampamentos montados pelos legionários romanos.

Ruínas de um dos acampamentos romanos

Ruínas de um dos acampamentos romanos

No centro de visitantes há um modelo em escala da fortaleza, uma loja de souvenirs e um museu, o Yagal Yadin Masada Museum, que conta a história do local e expõe artefatos encontrados nas escavações realizadas no local. A entrada para o museu custa 20 shekels.

Modelo em escala reduzida da fortaleza

Em um anfiteatro a céu aberto ao lado ocidental da montanha é realizado um show noturno, o Masada - The Sound and Light and Show, que conta a história do local com efeitos sonoros e projeções na montanha. O show acontece de março a outubro, às terças e quintas-feiras.

Conclusão

A fortaleza de Masada é um lugar com uma história incrível e com certeza merece ser visitado. O acesso é fácil e tudo é bem sinalizado, com estacionamento coberto gratuito e um centro de visitantes muito bem estruturado. O ideal é visitar o local pela manhã e levar chapéu, óculos de sol e protetor solar para se proteger do sol escaldante do deserto. Se possível, o ideal é fazer uma visita guiada para melhor aproveitar toda a riqueza histórica do local.

Recomendamos muito!

Texto e fotos: Flavio Baran.

O Falando de Viagem visitou Masada National Park a convite do Israel Nature and Parks Authority.

E você, já visitou Masada National Park? Gostou? Subiu de teleférico ou a pé? Assistiu ao show noturno? Conte para nós a sua experiência!

[zardox]

Citando Baran:
"...O shekel tem equivalência com o real..."
Isso é música para os ouvidos dos brasileiros, tão surrados pelo dólar....

Acho fascinante o trabalho dos arqueólogos, historiadores, etc, que a cada dia reescrevem a História do mundo... com métodos científicos e não a narrativa que através dos séculos foi contada pelos vencedores, que quase sempre não reflete a realidade dos fatos...

[baran]

Zardox,

Eu acho arqueologia fascinante. Se tivesse tido tempo, passava facilmente o dia inteiro na seção de arqueologia do Israel Museum.

Tem um sítio arqueológico, acho que no sul de Israel, onde é possível participar do trabalho de escavação.

Quanto ao câmbio, ajuda na hora de converter os preços pra Reais, mas não diz muita coisa com relação ao custo de vida. Tem muita coisa lá mais cara que aqui. O salário mínimo lá é mais de 5.000 shekels, então o custo de vida acompanha a renda.

[soares]

que vista fenomenal tem lá de cima, hein!

[baran]

É bonita mesmo, @soares. É incrível como o deserto pode ser um lugar inóspito e belo ao mesmo tempo.

[EduardoPaciGalvao]

Estive lá em outubro de 2016, fiz uma excursão saindo de Jerusalém com um guia excelente.
Gostei do passeio, e indico para todos. Lógico, a ida ao Mar Morto, coladinho à Masada, também é parada obrigatória.