Na ida fiz GIG-GRU-(POA)-MVD e na volta MVD-POA-GIG. Os vôos de ida foram curtos (média de 1h de duração cada um) com direito a conexão apertada em GRU e parada para reabastecimento e embarque de novos passageiros em POA. O ruim de se ir a tarde à Montevidéu pela GOL é que a chegada na capital uruguaia se dá as 1h20 da manhã. Ou seja, a noite de Sexta-feira você perde, assim como acaba gastando 1 pernoite no hotel de Sexta para Sábado.
Logo na chegada ao Uruguai a 1ª impressão é a melhor possível. O terminal de passageiros do aeroporto de Carrasco inaugurado ano passado é simplesmente fantástico. Uma verdadeira obra de arte do arquiteto uruguaio Rafael Viñoly. O aeroporto não fica em Montevidéu, mas sim no município de Canelones.
Duty-Free do aeroporto
A chegada é inacreditavelmente tranquila. Eu que estou acostumado as imigrações e alfândega nos EUA e em outros lugares, estranhei a facilidade e rapidez Uruguaia. Nada foi dito ou pedido. Apenas entreguei o passaporte e ele foi devidamente carimbado. Tchau. Depois passei no raio-X das malas (poderia ter ido ao Duty-Free que fica do lado, mas por causa da hora eu só queria chegar ao hotel e dormir) e aí uns 3 senhores parados na máquina com a maior cara de má vontade do mundo só observavam as pessoas colocando as bagagens e as retirando da máquina.
Após passar as malas pelo scanner, segui em direção ao guichê da Global Exchange para trocar Reais por Pesos Uruguaios. E aí vale o lembrete válido para qualquer lugar do mundo: troque sempre o MÍNIMO necessário em aeroportos. A cotação nas casas de câmbio desses lugares é sempre a mais desfavorável possível. Desde o planejamento da viagem eu verificava nos sites que a cotação do Real para o Peso era de 1 pra 10 (R$1,00 = UYU10,00). Na Global Exchange a cotação era de R$1,00 = UYU8,72. Troquei mesmo só o necessário para chegar até o hotel, já que na manhã seguinte eu troquei em casas de câmbio por UYU 10,50 !
Há 4 opções de transporte saindo do aeroporto: ônibus comuns, vans compartilhadas (shuttle), táxis comuns e táxis oficiais do aeroporto. Os ônibus eu descartei de imediato por causa do horário e do trabalho que dá ficar fazendo baldeação. Tentei procurar saber sobre as vans que custam 200 pesos (+ou- 20 reais) e fui informado que são necessárias 12 pessoas para elas partirem. Como já eram quase 2 da manhã fui ao balcão do táxi oficial do aeroporto. Ao informar o meu destino (Hotel Lafayette) fui informado do valor da corrida: 1000 PESOS (aprox. R$115,00).
Fazer o quê ? Gastei os primeiros 1000 pesos da viagem com o translado até o hotel. Eu não estava a fim de sair do aeroporto para ir atrás dos táxis comuns para gastar 670pesos. Colocando na balança, até que valeu a pena ir no táxi oficial. O carro em que fui era um Mercedes-Benz novo e bem espaçoso, ao contrário dos táxis comuns que são velhos e apertados com direito a divisória que te separa do motorista.
Desde que havia saído do trabalho a tarde eu não havia comido mais nada. Só enganei o estômago com os refrigerantes e sucos servidos nos vôos da GOL e os amendoins, biscoitos e sanduíche frio servido no último trecho de viagem. Chegando no aeroporto eu estava faminto e até fiquei animado quando vi um McDonald´s na área de desembarque. Infelizmente ele não fica aberto de madrugada...
Tirei essa foto na volta no período da tarde.
Fiquei hospedado no Hotel Lafayette localizado no Centro de Montevideo. Depois escrevo um review sobre o hotel. Posso adiantar que a relação custo x benefício foi ótima. O hotel fica na rua Soriano que fica a 1 rua da Av 18 de Julho que é a principal da cidade.
No sábado pela manhã após tomar o café no hotel parti decidido a passear sem aquele compromisso de ficar correndo atrás dos pontos turísticos da cidade. Como era uma viagem bem curta, eu queria mais é relaxar no final de semana. A primeira coisa que fiz foi andar a pé pela 18 de Julho e aproveitar para trocar mais Reais. Há casas de câmbio em todos os cantos com cotações variadas, mas nunca abaixo de UYU10,20. Eu troquei por UYU10,50.
Após andar a pé por quase metade da cidade, resolvi voltar para o hotel. Antes disso comprei um chip de celular pré-pago da Ancel. Com 100 pesos comprei o chip e depois fiz uma carga (ou recarga) de mais UYU 100. Funcionou perfeitamente no meio smartphone para ligar aqui para o Brasil.
Ao voltar do quarto, perguntei quais opções de passeios eles recomendavam e onde eu poderia comer um belo churrasco uruguaio nas redondezas. De passeio eles me indicaram um City-Tour vendido por eles que custava USD29,00. Apesar da cidade ser pequena e do táxi custar muito pouco, eu não dispunha de muito tempo. Era só o sábado e a manhã de domingo que eu poderia usar para andar pela cidade. Sendo assim optei pela comodidade e pedi que reservassem o City-Tour. O horário marcado para o pick-up seria as 14:30h. Assim, eu teria tempo suficiente para andar mais pelo Centro da cidade e almoçar o churrasco que eu tanto queria. Seguindo a indicação dos recepcionistas fui ao EL Fogón que se localiza bem próximo ao hotel. O cartão dado pelo hotel concede ao hóspede um café grátis no restaurante.
Andei pela Plaza Independencia, passei na frente do Teatro Solis (infelizmente não entrei lá) e depois dei uma olhada na feira que fica do outro lado. Só passei no McDonald´s e no Burger King para ver os preços praticados. São exatamente iguais aos daqui. Basta tirar 1 zero e você tem o preço em reais. Aliás, isso vale pra quase tudo no Uruguai. Os preços praticados por lá são os mesmos daqui, salvo exceções quando não são mais caros. Como já eram quase 13hs, peguei um táxi em direção ao EL FOGÓN. Depois relatarei a minha experiência por lá, mas tive leve impressão de que como melhor aqui no Brasil do que lá.
Após almoçar, tive que me apressar ao voltar para o hotel pois já se passava das 14:10h e o horário marcado do City-Tour era 14:30h. Cheguei no hotel em cima do horário e fiquei aguardando na recepção. Passaram-se 10, 15, 20 minutos e nada. Um família de brasileiros também foi até os atendentes para saber sobre o City-Tour e a resposta que todo nós obtivermos era de que o ônibus viria, mas como ele faz várias paradas nos hotéis não há como precisar o horário de chegada. Engraçado que quando eles vendem o passeio nada disso é comentado... Como eu vi que o tal ônibus iria demorar, decidi subir até o quarto. Na volta ainda esperei mais um tempo e só depois das 15hs é que o bendito ônibus apareceu. Após finalmente embarcarmos ele ficou por quase 20min parado na Plaza Independencia aguardando outros hospedes de hotéis e a funcionário da empresa de turismo começou a fazer a cobrança do passeio. Como paguei no cartão de crédito, o preço foi de USD28,00 ao invés de USD29,00 como anunciado anteriormente.
O ônibus percorreu praticamente toda a cidade chegando a região de Carrasco onde fica o Aeroporto. Passamos Plaza Virgilio, Pocitos (mini-Copacabana), Punta Carretas e regiões centrais da cidade.
Ao invés de retornar ao hotel preferi descer no Shopping Punta Carretas. Estava com vontade de provar os chás da tarde servidos no Uruguay sobre os quais tanto li na internet. É um belo shopping que possuía até Cassino. De compras consegui achar perfumes com preços bem razoáveis aos vendidos por aqui.
Como as opções de lanche eram mais para 2 pessoas do que um viajante solo, como eu, peguei um táxi e fui em direção a outro shopping grande da cidade: Shopping Montevideo. Lá sim achei refeições a preços melhores. Como planejava jantar bem mais tarde, decidi lanchar. Por 12reais comi isso:
Após forrar o estômago peguei mais um táxi em direção ao hotel. Queria aproveitar a piscina aquecida de lá. Nisso já eram 19:30 e como eu teria que ainda deixara as coisas no quarto trocar de roupa, etc não queria demorar muito. A piscina fecha às 22:40-23hs. É claro que antes de ir a piscina, fiquei na internet nos pc´s do hotel. Vício é brabo.
Após a piscina voltei ao quarto e me veio a dúvida: jantar no hotel mesmo ou sair no frio em busca de um restaurante ? Optei por sair, ainda que debaixo de um frio de rachar (depois é que fui me arrepender de não ter comido no hotel). Após caminhar na escuridão que cerca o hotel cheguei à Av 18 de Julho e parti em busca de um restaurante. Parei em uma esquina e fiquei na dúvida entre dois: o primeiro só servia Chivitos e o outro possuía um cardápio variado. Deixei o Chivito de lado e fui comer no Facal. A experiência em si merece um relato específico, mas adianto que era melhor ter ficado no hotel.
Vista do quarto
No Domingo realizei o check-out logo cedo e parti em direção ao famoso Mercado del Puerto. Infelizmente na hora que cheguei por lá, todas as lojas estavam fechadas. Na hora do almoço é que o pessoal iria aparecer por lá.
Após caminhar um pouco a beira-mar e encarar os fortíssimos ventos do Rio de Prata, resolvi que tinha que experimentar pela última vez a carne uruguaia. Como também queria comprar uma mala, optei por ir ao shopping mais próximo. Após aguardar um táxi surgir na rua, pedi ao motorista que levasse ao mais próximo. Retornei ao Punta Carretas. Em relação a mala não acabei comprando nenhuma mesmo. Não achei os preços muito atraentes. Dei o meu jeito no vôo de volta despachando a mala de mão com as compras do Duty-Free em POA.
Acabei indo novamente no EL FOGÓN. No entanto, fui no serviço expresso. Após tirar a dúvida sobre o nome da carne em português, acabei saboreando um filet mignon mesmo.
Após o almoço voltei de táxi para o hotel e cheguei bem em cima do laço, pois havia marcado o translado para o aeroporto às 13hs. Reservei com o serviço de táxi do aeroporto, já que eles cobram 30% menos nas corridas da cidade para o aeroporto. Ao invés de encarar os táxis velhos e apertados ao custo de 650pesos, é muito mais vantajoso pagar 700pesos e andar novamente de Mercedes-Benz.
Durante o trajeto até Carrasco conversei com o motorista que era um senhor muito simpático que me contou um pouco sobre o Uruguai e sobre suas viagens ao Brasil. Segundo ele, a calmaria que eu vi no Sábado e Domingo em Montevidéu, era praticamente a mesma durante a semana. Também, em uma país de 3,5 milhões de pessoas onde um pouco mais de 1 milhão vive na capital, bagunça e confusão não é algo muito comum por lá. Achei tudo muito tranquilo e parado demais ao meu ver.
Após o check-in onde fui atendido por um funcionário muito educado e prestativo da GOL, resolvi matar a minha última vontade em terras Uruguaias. Desde que cheguei eu via no McDonald´s a propaganda do Angus Burger deles. Eu só como esse Angus Burger nos EUA, já que aqui ele não é vendido. Então não tive dúvidas ! Já que iria voar de GOL e só chegaria em casa no final do dia, fui até eles e pedi o meu Angus.
A máquina da volta para casa.
Então foi isso. Ainda que eu tivesse ficado com um pequeno desejo de ter ido à Buenos Aires nessa promoção da GOL, acho que valeu a pena ter dado esse pulo em Montevidéu para conhecer como é esse país que um dia já foi Brasil. O interessante foi notar que o povo é um pouco semelhante ao Brasileiro no dia a dia. Bem legal também foi ver que eles se esforçam a falar português e muitos sabem falar muito bem aliás, principalmente no setor de serviços. É claro que isso tem a ver com sobrevivência nos negócios e capacidade de atender melhor o seu cliente, mas se a gente comparar com outros povos, nunca vi ninguém se esforçar assim para te atender melhor, exceto nós.
De dicas que mais posso dar é procurar lugares realmente bons para se comer. Eu como estava na pressa, ainda que não quisesse, não tive tempo de ficar fazendo muitas pesquisas. Por isso, verifique bem antes o que irão te servir e te cobrar para não sair frustrado.
Embora digam que a cidade é pequena, eu acho que 2 dias e meio são necessários para se passear com calma pela cidade. Algumas coisas eu deixei de ver e fazer por causa do tempo limitado. Mas aí, foi a minha escolha de roteiro mesmo.
Usem o cartão de crédito por lá. Você fica isento da cobrança do imposto IVA de 20-23% em restaurantes, hotéis, lojas, etc. Acho que nos hotéis eles nem cobram o IVA, pois você é cobrado em USD, mas não lembro ao certo agora.
Depois irei escrever um post exclusivamente sobre o Hotel Lafayette e outro sobre os restaurantes (EL Fogon e FACAL). De antemão eu informo que tirei poucas fotos do hotel e dos restaurantes só fotografei os pratos mesmo. Ainda não desenvolvi as habilidades do Gabriel de fotografar restaurantes e hotéis como ele.
Boa viagem!
