Quando cheguei pela primeira vez no Sul da Itália, passei alguns dias por cidades bem conhecidas e famosas - por seus mafiosos e populações engolidas por vulcões. Como minhas viagens nunca possuem roteiro, ao chegar em Bari decidi ir para Grécia... de barco (Como a ideia era viajar da maneira mais barata possível, comprei Deck). Esse trajeto é bem comum no verão; os barcos se enchem de turistas procurando o Adriático. No meu caso, era janeiro e fazia muito frio; comprei minha passagem na hora e embarquei. Depois de duas horas de atraso, finalmente o mar e a chuva... tempestade, aliás.
A longa viagem de mais de 10 horas poderia ter sido cansativa e tediosa, não fossem as pessoas que conheci: tive como companheiros de viagem uma família grega, com pais, avós, tios, filhos e muita...muita comida! Não falo grego, e eles tampouco falavam outra língua, mas nosso entendimento foi incrível - entre as mais de cinco refeições que fizemos juntos e muitas risadas. Durante a noite, acordei com uma das mães me cobrindo. Gentilezas e carinho da vida.
Chegamos a Igoumenitsa sob uma chuva intensa e peguei um taxi para o terminal rodoviário. Mais algumas horas para Ioannina e depois Trikala. Detalhe: a chuva do litoral transformou-se em uma neve absurda que interrompeu parte do transito... algumas horas de paisagem com neve e montanhas e finalmente a Tessália!
Passei alguns dias na casa de uma família grega, conheci alguns pratos típicos ótimos e as montanhas mais mágicas da Grécia. Meu objetivo na Tessália era, na verdade, Meteora.
Não existe registro oficial, mas estima-se que a ocupação das montanhas aconteceu no século XI: monges, que fugiam dos Otomanos, procuraram refugio neste lugar e construíram mais de vinte mosteiros. Destes, seis sobreviveram e... não tenho muitas fotos, mas qualquer imagem é pouco para esse lugar:
Boa viagem!
