Victor,
fui para o Egito no começo do dezembro. Em breve vai ser postado um relato meu aqui no site sobre a minha impressão em relação a segurança no país mas te adianto um pouco minha resposta.
A minha experiência é de alguém que teve toda a viagem assessorada por um bom receptivo. E mesmo sendo uma viajante que adora explorar os destinos de forma independente, ter o apoio de um receptivo no Egito foi um dos pontos mais acertados da viagem.
Não me senti insegura mas existe uma tensão no ar justamente devido ao excesso de revistas, detectores de metal, seguranças armados, cães farejando malas... Existe uma preocupação mas de certa forma conseguimos "incorporar" os procedimentos de segurança na nossa rotina turística rápido. Com os guias sempre explicando o que vai acontecer, onde podemos entrar, o que podemos levar, etc, tudo fica mais tranquilo também.
Todo esse cuidado é, principalmente, em relação ao terrorismo, pois assaltos e furtos são bastante raros no Egito já que a maior parte da população é muçulmana e roubar é um pecado terrível para eles.
Mesmo na oportunidade que tive de passear sem acompanhamento somente com uma amiga pelas ruas do Cairo cheguei a me sentir mais segura do que andando em alguns lugares do RJ ultimamente.
E no final do dia a única sensação que fica é a de que vale muito a pena fazer essa viagem! Principalmente pra quem é fascinado por história.
Além de tudo isso, EU acredito que atualmente estamos sujeitos a ataques terroristas em grandes cidades da Europa, do EUA... No Egito, todo o aparato de segurança assusta de cara mas logo depois até tranquiliza por saber que é muito mais difícil entrar armado num aeroporto do país do que de Paris.
Minha dica é escolher um bom acompanhamento de receptivo, programar os passeios previamente e ter um guia explicando as atrações sempre que possível, pois há pouquíssima informação disponível nos locais e cada lugar que visitamos é cheio de curiosidades. Um hotel confortável também é um bom investimento dessa viagem, pois ela acaba sendo seu ponto de apoio. Usei muito os restaurantes dentro dos hotéis, tive acesso a um bom câmbio na recepção...
Além disso, algumas atrações não tem ainda uma boa acessibilidade, então com o receptivo você consegue minimizar caminhadas desnecessárias, que pros idosos faz toda a diferença. Uma observação particular é que nas visita as Pirâmides, não recomendo idosos fazerem a visita interna da Pirâmide de Queops. É super íngreme, abafado, sobe-se meio agachado e o que se encontra lá dentro (uma sala de pedra, sem adereços, múmias ou sarcófagos) não vale a pena todo o esforço que um idoso faria pra chegar lá.
Em relação ao clima achei bem agradável na época que fui. Era fresquinho no Cairo, a noite as temperaturas caiam um pouco mas nada demais. Em Aswan mesmo no inverno cheguei a pegar 32 graus, então imagino que no verão deva ser terrível. Por isso como sugestão eu iria no período do verão do Brasil que é o inverno de lá, entre o final de novembro e no máximo até o começo de março.
Dependendo de quanto sua mãe seja disposta, não organiza os dias lotados de passeios. Faz as atrações com mais calma, mescla uma grande atração com um passeio de barco, um almoço mais tranquilo, um final de tarde relaxando no hotel... Assim vai equilibrando o calor, o cansaço, o excesso de informações e torna a experiência muito mais proveitosa!
Espero ter ajudado!
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