Curioso pra saber quais foram. Meu maior medo era cair em algum golpe ou sofrer uma intoxicação alimentar. Felizmente saí ileso de ambos. Mas só comia no barco ou nos hotéis.
Roteiro de viagem pelo Egito: Cairo, Aswan, Edfu, Luxor e Hurghada
- baran Mensagens: 10215
Vamos lá...
Furada nº 1: Ir para o Egito de ônibus
Sim, você não leu errado, eu fui ao Egito de ônibus. Na época (2000) havia uma linha de ônibus regular entre Tel Aviv e o Cairo e foi com ela que eu fui, com mais dois amigos. O ônibus israelense ia até o posto de fronteira de Rafah, na Faixa de Gaza, os passageiros desciam, passavam pela imigração e, depois de cruzar a fronteira, seguiam viagem em um ônibus egípcio. Ainda tenho o passaporte com o carimbo desse posto de fronteira. Não lembro quanto tempo levava a viagem, mas parecia que nunca iria terminar, facilmente foram mais de 12 horas.
Furada nº 2: Não ter reserva de hotel
Sim, acredite se quiser, eu cheguei no Cairo sem ter uma reserva de hotel. Saímos do ônibus e fomos andar pela cidade. No meio da rua fomos abordados por um cara jovem perguntando se tínhamos hotel. Ele se ofereceu para nos mostrar o hotel dele (Claridge Hotel, ainda lembro o nome). Como não tínhamos reserva, aceitamos. Funcionava num prédio próximo dali. Acho que estávamos no centro comercial da cidade. O hotel ocupava um andar inteiro do prédio e era bem direitinho, aparentemente limpo e com um ar-condicionado que funcionava muito bem (importantíssimo no Cairo). O gerente nos recebeu muito simpático, nos mostrou um quarto (bom, espaçoso), disse o preço e terminou com um "trust me, I work for the government" apontando para um certificado todo escrito em árabe preso na parede.
Furada nº 3: Contratar passeio com o hotel sem se informar direito antes
Uma vez instalados no hotel, fomos conversar com o gerente sobre o que fazer na cidade e coisas do tipo. No meio da conversa ele ofereceu um passeio que, segundo ele, nós iríamos gostar. Seria subir o Rio Nilo numa embarcação à vela tradicional chamada felucca. Achamos legal e fechamos, dando 50% de entrada.
No dia seguinte, depois de andar pelas ruas do Cairo (uma zona) e de sentir como é o Egito real, a ficha caiu. Passaríamos alguns dias navegando o Nilo em uma embarcação pequena, provavelmente sem banheiro, dormindo sabe-se lá onde (na proa, imagino) com uma tripulação que ninguém sabia se estaria bem-intencionada. Fomos procurar o gerente do hotel para cancelar o passeio.
Aí começou o drama. "Não, veja bem, eu já paguei a agência, blá blá blá"... a gente conversando em português, o gerente conversando em árabe com o outro funcionário do hotel e a negociação rolando em inglês. Aí o gerente do nada chama um outro cara, jovem e bem forte, aparentemente para nos intimidar. Logo vi que o cara não era egípcio. Começamos a conversar e ele disse que era sueco. Falei que já havia morado na Suécia, ele até conhecia a cidade onde morei, e ficamos num papo até amigável. Lá pras tantas o gerente aceitou nos devolver o valor que pagamos. Mas não devolveu tudo, ficou com uma parte, uns 10%, mas julgamos que não valia a pena discutir por isso.
Mas não terminou aí... o gerente perguntou se nós usaríamos nossa cota no Duty Free, a que tínhamos direito por termos cruzado a fronteira terrestre. Nós dissemos que não. Aí ele perguntou se ele poderia usar nossas cotas. Não nos custaria nada, só teríamos que ir com ele até o Sheraton, que era onde ficava o Duty Free. Como o clima havia ficado tenso com a história do passeio de felucca e ainda ficaríamos alguns dias na cidade, achamos melhor aceitar. E lá fomos nós para o Sheraton... ele gastou nossas cotas comprando bebidas e cigarros, provavelmente para revender.
Furada nº 4: A comida
Essa não foi bem uma furada. Ninguém passou mal com a comida egípcia, mas por um motivo muito simples: não comemos comida egípcia. Todos os dias que passamos no Cairo só comemos no McDonald’s ou no KFC, que julgamos teriam um padrão de higiene acima da média. Eu adoro a comida e os temperos do Oriente Médio, mas fiquei só na vontade.
Pós-Furada
Pretendíamos ir de trem a Luxor e Aswan, mas os trens estavam lotados naquela semana, então desistimos e compramos uma passagem de ônibus até Dahab, cidadezinha litorânea no Sinai, uma espécie de versão mais pobre de Sharm el-Sheikh. Desistimos até de visitar o Egyptian Museum, só queríamos ir embora dali o mais rápido possível.
Dahab não foi tão furada. É uma cidade pequena, às margens do Mar Vermelho, com vários pontos de mergulho na região. Na época era muito frequentada por jovens israelenses, que eram quase a totalidade dos turistas ali. Ficamos alguns dias, depois fechamos um traslado com um beduíno, que nos levou para o posto de Taba, onde cruzamos a fronteira para Eilat. E ali terminou minha odisséia pelo Egito.
Furada nº 1: Ir para o Egito de ônibus
Sim, você não leu errado, eu fui ao Egito de ônibus. Na época (2000) havia uma linha de ônibus regular entre Tel Aviv e o Cairo e foi com ela que eu fui, com mais dois amigos. O ônibus israelense ia até o posto de fronteira de Rafah, na Faixa de Gaza, os passageiros desciam, passavam pela imigração e, depois de cruzar a fronteira, seguiam viagem em um ônibus egípcio. Ainda tenho o passaporte com o carimbo desse posto de fronteira. Não lembro quanto tempo levava a viagem, mas parecia que nunca iria terminar, facilmente foram mais de 12 horas.
Furada nº 2: Não ter reserva de hotel
Sim, acredite se quiser, eu cheguei no Cairo sem ter uma reserva de hotel. Saímos do ônibus e fomos andar pela cidade. No meio da rua fomos abordados por um cara jovem perguntando se tínhamos hotel. Ele se ofereceu para nos mostrar o hotel dele (Claridge Hotel, ainda lembro o nome). Como não tínhamos reserva, aceitamos. Funcionava num prédio próximo dali. Acho que estávamos no centro comercial da cidade. O hotel ocupava um andar inteiro do prédio e era bem direitinho, aparentemente limpo e com um ar-condicionado que funcionava muito bem (importantíssimo no Cairo). O gerente nos recebeu muito simpático, nos mostrou um quarto (bom, espaçoso), disse o preço e terminou com um "trust me, I work for the government" apontando para um certificado todo escrito em árabe preso na parede.
Furada nº 3: Contratar passeio com o hotel sem se informar direito antes
Uma vez instalados no hotel, fomos conversar com o gerente sobre o que fazer na cidade e coisas do tipo. No meio da conversa ele ofereceu um passeio que, segundo ele, nós iríamos gostar. Seria subir o Rio Nilo numa embarcação à vela tradicional chamada felucca. Achamos legal e fechamos, dando 50% de entrada.
No dia seguinte, depois de andar pelas ruas do Cairo (uma zona) e de sentir como é o Egito real, a ficha caiu. Passaríamos alguns dias navegando o Nilo em uma embarcação pequena, provavelmente sem banheiro, dormindo sabe-se lá onde (na proa, imagino) com uma tripulação que ninguém sabia se estaria bem-intencionada. Fomos procurar o gerente do hotel para cancelar o passeio.
Aí começou o drama. "Não, veja bem, eu já paguei a agência, blá blá blá"... a gente conversando em português, o gerente conversando em árabe com o outro funcionário do hotel e a negociação rolando em inglês. Aí o gerente do nada chama um outro cara, jovem e bem forte, aparentemente para nos intimidar. Logo vi que o cara não era egípcio. Começamos a conversar e ele disse que era sueco. Falei que já havia morado na Suécia, ele até conhecia a cidade onde morei, e ficamos num papo até amigável. Lá pras tantas o gerente aceitou nos devolver o valor que pagamos. Mas não devolveu tudo, ficou com uma parte, uns 10%, mas julgamos que não valia a pena discutir por isso.
Mas não terminou aí... o gerente perguntou se nós usaríamos nossa cota no Duty Free, a que tínhamos direito por termos cruzado a fronteira terrestre. Nós dissemos que não. Aí ele perguntou se ele poderia usar nossas cotas. Não nos custaria nada, só teríamos que ir com ele até o Sheraton, que era onde ficava o Duty Free. Como o clima havia ficado tenso com a história do passeio de felucca e ainda ficaríamos alguns dias na cidade, achamos melhor aceitar. E lá fomos nós para o Sheraton... ele gastou nossas cotas comprando bebidas e cigarros, provavelmente para revender.
Furada nº 4: A comida
Essa não foi bem uma furada. Ninguém passou mal com a comida egípcia, mas por um motivo muito simples: não comemos comida egípcia. Todos os dias que passamos no Cairo só comemos no McDonald’s ou no KFC, que julgamos teriam um padrão de higiene acima da média. Eu adoro a comida e os temperos do Oriente Médio, mas fiquei só na vontade.
Pós-Furada
Pretendíamos ir de trem a Luxor e Aswan, mas os trens estavam lotados naquela semana, então desistimos e compramos uma passagem de ônibus até Dahab, cidadezinha litorânea no Sinai, uma espécie de versão mais pobre de Sharm el-Sheikh. Desistimos até de visitar o Egyptian Museum, só queríamos ir embora dali o mais rápido possível.
Dahab não foi tão furada. É uma cidade pequena, às margens do Mar Vermelho, com vários pontos de mergulho na região. Na época era muito frequentada por jovens israelenses, que eram quase a totalidade dos turistas ali. Ficamos alguns dias, depois fechamos um traslado com um beduíno, que nos levou para o posto de Taba, onde cruzamos a fronteira para Eilat. E ali terminou minha odisséia pelo Egito.
- GabrielDias Mensagens: 41747
baran precisa ler mais as dicas do FDV! hahahahaha
- FabioCalderon Mensagens: 3832
Caramba! Isso não é perrengue, é um trauma hahaha. Impossível sair com uma imagem boa do país depois dessas experiências. Só na parte de atravessar a fronteira de Israel com o Egito eu já ia ficar nervoso.
- baran Mensagens: 10215
Fábio,
Põe trauma nisso! Hoje eu sinto arrepios só de escutar aquela música “Eu falei faraó… ÊÊÊ FARAÓÓÓ”. [emoji23]
Põe trauma nisso! Hoje eu sinto arrepios só de escutar aquela música “Eu falei faraó… ÊÊÊ FARAÓÓÓ”. [emoji23]
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