Quem acompanha o que eu escrevo sabe que minha viagem favorita é aquela que faço todo ano aproveitando a Black Friday nos Estados Unidos e de lá seguindo direto para a Europa para curtir o início do inverno e a decoração de Natal das cidades europeias, algo que acho lindo.
Tem sido assim já faz alguns anos.
Apesar de levar em conta o preço do bilhete na hora da compra, sempre dei preferência às cias da Star Alliance devido aos benefícios do meu status elite. Mas, claro, tendo em vista que não sou rico, isto não é uma regra inquebrável.
Este ano a Delta Air Lines fez algumas promoções arrasadoras em várias ocasiões. Como agora já possuo status elite na Delta e nenhuma companhia da Star Alliance chegou sequer perto em termos de ofertas, resolvi encarar a Delta nessa viagem pela segunda vez na vida. A primeira tinha sido em 2009.
Este ano já tinha feito 3 viagens aos Estados Unidos pela Delta sem nenhum problema.
Paguei então R$1.600,00 já com taxas pelo bilhete GRU-JFK(stop)-MXP-JFK-GRU. O trecho MXP-JFK seria operado pela Alitalia.
O primeiro trecho da viagem correu sem nenhum problema. Mas quando depois de 6 dias nos Estados Unidos me dirijo ao JFK para fazer meu check in sou avisado pelo atendente da Delta que estou com excesso de bagagem. No caso tinha uma única mala com 32kg.
Eu rebato que o bilhete tem início e final no Brasil e, que portanto, a franquia de bagagem inicial é válida para todos os trechos.
Não adianta. Ou eu retiro o excesso de peso ou pago US$100 pelo excesso. Eu me recuso e peço para chamar o chefe.
Lembrando que tudo isso se passava na fila Sky Priority. Depois de uns 30 minutos aparece uma pessoa que eu não posso admitir que seja gerente de aeroporto da Delta, que confirma o ponto de vista do atendente. Segundo ela ao fazer o stop nos Estados Unidos eu perdi meu direito à franquia de bagagem brasileira.
Pior que isso, comecei a me sentir tratado como se quisesse dar um golpe na Delta.
Ao final, não tenho alternativa a não ser pagar os US$100 para despachar minha mala.
Quando retorno ao Brasil ligo para a Delta e conto o caso. Nenhum questionamento é feito e o valor é creditado no meu cartão. Tudo não passou de desinformação ou má vontade.
Agora, por quê Delta, nunca mais?
-Não é a primeira vez que isso ocorre. Em 2009 fui vítima da mesma desinformação. Ficou claro que não existe treinamento.
-Isso só acontece com a Delta. Nunca tive problemas com United, Lufthansa ou Alitalia no mesmo tipo de viagem.
-Uma gerente de aeroporto não pode ser tão ignorante sobre regras de bagagem, ainda mais em se tratando de um dos aeroportos mais cosmopolitas do mundo.
-Um passageiro, ainda mais com nível elite, não pode ser tratado com descaso beirando a ironia que fui.
-Ainda que não tivesse direito à franquia brasileira de bagagem, fiquei surpreso ao saber que os passageiros Sky Priority não possuem direito à bagagem extra. Em qualquer companhia da Star Alliance eu teria direito à uma mala extra ou alguns quilos a mais.
O CEO da Delta, Richard Anderson, é famoso por dedicar boa parte de seu tempo a esbravejar contra as companhias do Golfo. Se a dele oferecesse um bom serviço talvez não fosse preciso gritar tanto.
Mr. Anderson, pare de chorar e treine seu pessoal!
