Cataratas do Iguaçu.
A grande diferença da pandemia da COVID-19 para a de H1N1, em 2009, é o impacto social no dia a dia de cidadãos de todas as partes do mundo. Em 2009, apesar da doença ser extremamente séria e letal, não houve uma paralisação quase integral como vemos hoje, e um dos principais setores afetados com o coronavírus é o de turismo. Agora que todos estão se acostumando com as mudanças desse período difícil, acreditamos que seja uma boa hora para começar a olhar para o futuro.
No momento do fechamento desta matéria (12/05), o Brasil está em um momento crucial do combate contra o coronavírus. Com mais de 11 mil mortes registradas, o Brasil já é apontado como um possível próximo epicentro global da pandemia. Agora, mais do que nunca, é o momento de ficar em casa. O lockdown já é adotado ou estudado por partes do país. Na contramão desta realidade, Foz do Iguaçu, um dos principais destinos turísticos brasileiros, localizado no Paraná, dá os primeiros passos para a reabertura.
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O panorama do coronavírus em Foz do Iguaçu
O melhor meio para consultar os dados oficiais é no portal da Secretaria de Saúde do Paraná. Você pode conferir clicando aqui a aba do site dedicada estritamente ao quadro da doença no estado, com números atualizados, distribuição geográfica, dados sobre o perfil dos infectados e mais.
O último informe epidemiológico, do dia 10/05, aponta que o estado do Paraná tem 1.835 casos e 109 mortes registradas oficialmente. O mesmo boletim aponta que Foz do Iguaçu tem 61 casos e 2 mortes confirmadas.
O início da retomada em Foz do Iguaçu
A Prefeitura de Foz do Iguaçu autorizou a reabertura dos hotéis da cidade a partir de 11 de maio de 2020 e anunciou um plano para a retomada do turismo na cidade. Nesta data, estarão liberados para funcionar os estabelecimentos que atendem o público executivo, ou seja, viagens de negócios.
O plano de retomada consiste em:
- Criar barreiras sanitárias;
- Determinar o uso de máscaras como obrigatório;
- Disponibilizar álcool em gel em pontos estratégicos;
- Manter o distanciamento social em filas;
- Limitar a 30% da capacidade de público em ambientes fechados;
- Higienizar objetos e locais de circulação dos visitantes;
- Priorizar ventilação natural nos veículos de transporte de turistas.
Hospedagens:
Os hóspedes devem usar máscaras e cumprir o distanciamento social. Como o primeiro passo da reabertura contempla apenas viagens de negócios, a autorização para a reabertura de hotéis não é válida para os resorts de Foz do Iguaçu, que está prevista para junho, e onde o público alvo é 100% de lazer.
Atrações:
Com retomada prevista para o dia 10 de junho, os atrativos turísticos devem montar barreira sanitária, com tapete sanitizante, uso obrigatório de máscara para colaboradores e turistas, disponibilização de álcool gel 70% na entrada, saída e em locais estratégicos, distanciamento de 2 metros em filas para aquisição de ingresso ou embarque em meio de transporte, limitação em 30% da capacidade de público e limpeza do filtro do ar condicionado em ambientes fechados e lojas, higienização de objetos e superfícies e priorizar a ventilação natural nos veículos de transporte de turistas, dentre outras medidas.
Circulação:
No dia 28 de março foi sancionada uma lei estadual (nº 20.189) que determina o uso obrigatório de máscaras em ambientes de uso coletivo públicos ou privados. São eles: vias públicas; parques e praças; transportes coletivos e suas estações/pontos; estabelecimentos comerciais e outros locais com aglomeração.
A lei também prevê multa em caso de descumprimento: entre R$ 106,00 e R$ 530,00 para pessoas físicas e entre R$ 2.120,00 e R$ 10.600,00 para empresas.
Fronteira com Argentina e Paraguai
As fronteiras com os dois países seguem fechadas e dificilmente vão abrir a curto prazo, por causa do alarmante cenário do Brasil. Inclusive, ambos os países já declararam publicamente as suas preocupações com a pandemia em território brasileiro. A ausência de medidas rígidas no Brasil, que resultou em um alto número de casos, preocupa os vizinhos. Não seria uma surpresa que estes países barrem viajantes brasileiros mesmo com a retomada do turismo de lazer.
Na primeira semana de maio, 86,7% dos casos registrados no Paraguai foram importados do Brasil, após o país ter registrado uma queda de infecções em abril.
O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, se refere ao Brasil como uma grande ameaça sanitária. Ele afirma que a abertura das fronteiras sequer está no campo de visão do futuro próximo. O presidente da Argentina, Alberto Fernández, também afirma que o Brasil é um mau exemplo no combate à doença.
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Devo viajar para Foz do Iguaçu no segundo semestre de 2020?
O Falando de Viagem ama Foz do Iguaçu e torce para que o destino possa e consiga ter êxito na alta temporada, que acontece em julho e depois em dezembro e janeiro. Apesar do pouco número de casos no destino, é muito importante a conscientização, e mesmo com a contaminação comunitária controlada, há riscos de contaminação de turistas de outros estados.
Usemos como exemplo o estado vizinho, Santa Catarina. Após a reabertura do comércio no dia 13 de abril, os infectados por coronavírus triplicaram no estado. Santa Catarina passou de 826 casos confirmados para 2,7 mil em três semanas. Ao retomar as atividades em um momento de pico de infecções no Brasil, Foz do Iguaçu opta por um modelo que não deve ser seguido - pelo menos não em maio. É evidente que torcemos para que a retomada seja um sucesso, mas infelizmente, não será uma surpresa se o cenário seguir o padrão visto em Santa Catarina.
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Boa viagem - em breve!
E você, está com planos de viajar para Foz do Iguaçu ainda em 2020? Ou preferiu deixar para 2021? Qual será o seu roteiro de viagem? Conte para nós os seus planos!
