Neon: a megacidade futurística projetada pela Arábia Saudita

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falandodeviagem Mensagens: 19843 Administrador
Sáb Nov 20, 2021 2:35 pm
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O megaprojeto ambicioso de uma cidade futurística foi iniciado na Arábia Saudita e irá se chamar Neom. Totalizando cerca de 26.500 metros quadrados, a cidade está sendo construída em meio ao deserto e irá se estender pelo território de três países (Arábia Saudita, Jordânia e Egito).

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O início de seu desenvolvimento foi excessivamente adiado, no entanto, no início da semana passada o projeto saiu do papel e começou a ganhar vida com o início das escavações. Segundo o CEO da Neom, Nadhmi Al-Nasr, o empreendimento contará com a presença de todas as lojas importantes para os moradores a uma distância de no máximo cinco minutos, portanto, carros serão consideravelmente dispensáveis.



Com previsão de início das atividades em 2024, o cronograma aparenta ser deveras ambicioso, uma vez que nem mesmo 1% da construção e planejamento necessários foram concluídos. Para a Arábia Saudita, a construção da megacidade representa a busca de diversos objetivos, dentre eles a capacidade de tornar-se menos dependente das receitas de petróleo, desenvolver as bases para a criação de novas tecnologias e, a partir de 2025, beneficiar-se com leis e impostos próprios.



As diferenças expressas na legislação vigente em Neom, seriam, por exemplo, o fato de que na megacidade mulheres não seriam obrigadas a usar véu e o consumo e venda de bebidas alcoólicas devem ser permitidos. Além disso, um dos objetivos dos fundadores, conforme descrito no site do projeto, é “reestabelecer a conexão com a natureza” e para tal, a construção de 50 ilhas artificiais no Mar Vermelho está planejada.

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O príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman conduz o sultão Haitham de Omã através de um centro em Neom.

Apesar de apresentar propósitos louváveis, existem inúmeras críticas relacionadas ao programa. Ao saberem que as ilhas Tiran e Sanafir seriam integradas ao esquema, a população egípcia protestou a decisão, uma vez que tais ilhas, na verdade, fazem parte do Egito, tendo sido colocadas sob controle dos sauditas em 2016.

Além disso, indígenas moradores da região estão sendo realocados forçadamente para dar espaço à construção. Cerca de 200.00 mil membros de uma tribo foram despejados. “Neom foi construída com nosso sangue, nossos ossos”, declarou Alia Hayel Aboutiyah al-Huwaiti, membro da tribo The British Gurdian. Ativistas da região alertam constantemente sobre a restrição que a Arábia Saudita promove em seu território. Jornalistas críticos ao regime vigente são perseguidos, ativistas são presos regularmente e há pouca ou mesmo nenhuma liberdade de expressão.

A cofundadora da Organização dos Direitos Humanos, Bethany Alhaidari, utilizou sua conta no Twitter para aconselhar investidores a ficarem longe do projeto, alegando que nenhuma economia baseada em repressão e autoritarismo é estável ou vale algum investimento. Devido a isso, a lista de investidores ainda é curta, portanto, existem chances notórias de que o programa falhe. Em 2005, foram anunciadas 06 cidades, mas apenas uma foi concluída. A estimativa era de que, em 2030, 2 milhões de pessoas habitassem Kind Abdullah – até o momento existem cerca de 50 mil habitantes no local.

Você sabia que já existem inúmeras vagas de emprego em aberto para a cidade de NEOM? O que acha, moraria lá?
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